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BUROCRACIA
BC diz estudar medidas para expandir mercado de câmbio
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles,
afirmou ontem que o banco
retomou o trabalho de revisão das normas cambiais,
com o objetivo de reduzir
custos nas transações e torná-las mais eficientes.
Meirelles disse que as mudanças podem exercer impacto sobre diversas práticas
de negociação. A ideia é reduzir custos e burocracia.
"Estamos estudando medidas para expandir o mercado
de câmbio, torná-lo mais
aberto e ampliá-lo para além
dos exportadores", disse.
Em evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Meirelles destacou
que, sob a ótica do longo prazo, a inflação no país se tornou mais previsível e que isso se reflete sobre o prêmio
de risco do país.
Questionado sobre qual
seria o efeito da inflação sobre o cenário do país, o dirigente disse que ela está sólida e que o Banco Central tem
credibilidade para tomar as
medidas necessárias. Ele
afirmou ainda que o Brasil
conta com US$ 241,7 bilhões
em reservas internacionais e
que o perfil de crescimento
da economia do país é baseado em expansão da renda, do
emprego e do crédito.
Meirelles disse que existem sinais de aumento do investimento estrangeiro. "São
esperados fortes fluxos de investimento", afirmou o presidente do BC. Para este ano,
o Banco Central estima um
patamar de US$ 45 bilhões.
A poucos dias da próxima
reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária), Meirelles justificou a decisão de
aumentar o compulsório,
que retirou do mercado
R$ 71 bilhões. "As instituições individualmente estavam com menos liquidez depositada no BC e, em compensação, o mercado estava
um pouco mais líquido."
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