São Paulo, sábado, 06 de março de 2010

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BUROCRACIA

BC diz estudar medidas para expandir mercado de câmbio

JANAINA LAGE
DE NOVA YORK

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o banco retomou o trabalho de revisão das normas cambiais, com o objetivo de reduzir custos nas transações e torná-las mais eficientes.
Meirelles disse que as mudanças podem exercer impacto sobre diversas práticas de negociação. A ideia é reduzir custos e burocracia. "Estamos estudando medidas para expandir o mercado de câmbio, torná-lo mais aberto e ampliá-lo para além dos exportadores", disse.
Em evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Meirelles destacou que, sob a ótica do longo prazo, a inflação no país se tornou mais previsível e que isso se reflete sobre o prêmio de risco do país.
Questionado sobre qual seria o efeito da inflação sobre o cenário do país, o dirigente disse que ela está sólida e que o Banco Central tem credibilidade para tomar as medidas necessárias. Ele afirmou ainda que o Brasil conta com US$ 241,7 bilhões em reservas internacionais e que o perfil de crescimento da economia do país é baseado em expansão da renda, do emprego e do crédito.
Meirelles disse que existem sinais de aumento do investimento estrangeiro. "São esperados fortes fluxos de investimento", afirmou o presidente do BC. Para este ano, o Banco Central estima um patamar de US$ 45 bilhões.
A poucos dias da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), Meirelles justificou a decisão de aumentar o compulsório, que retirou do mercado R$ 71 bilhões. "As instituições individualmente estavam com menos liquidez depositada no BC e, em compensação, o mercado estava um pouco mais líquido."


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