São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004

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Gasto "represado" também vai gerar aumento em 2005

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para efeito de cálculo do reajuste das tarifas de energia, os custos das distribuidoras são divididos em dois grupos: parcela A (não-gerenciáveis) e parcela B (gerenciáveis). A variação de custos na parcela A é repassada na íntegra para o consumidor. Já os custos da parcela B têm seu repasse para o consumidor (com base no IGP-M).
Fazem parte da parcela A todos os gastos com compra de energia das geradoras e pagamento de encargos, como o subsídio à geração termelétrica. Estão na parcela B itens como gastos de pessoal.
Em janeiro de 2002, o governo criou uma conta (CVA/ Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A) para assegurar às empresas que não houve perda na hora repassar custos. O saldo da CVA é corrigido pela Selic. Em 2002, com a desvalorização do real, o reajuste das tarifas das grandes distribuidoras do Sudeste, que compram energia em dólar de Itaipu, teria um forte impacto.

Congelamento
Para evitar pressões adicionais sobre a inflação, em abril de 2003, o governo decidiu "congelar" o repasse da CVA para a tarifa. Metade da CVA de 2003 será repassada neste ano, e o restante, em 2005.
Ou seja, a conta de energia elétrica está aumentando mais neste ano por conta de repasses que deveriam ter sido feitos em 2003, mas foram represados pelo governo.


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