São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa avança 0,65%, impulsionada pelos EUA; dólar acumula 5ª baixa consecutiva e fecha a R$ 2,134

Bolsa volta a ultrapassar os 39 mil pontos

DA FOLHA ONLINE

A Bovespa acumulou seis pregões em alta e conseguiu ontem ultrapassar os 39 mil pontos pela primeira vez desde 3 de março. O Ibovespa, que reúne as 57 ações mais negociadas, subiu 0,65%, para 39.053 pontos, e acumula valorização de 6,07% desde a quarta-feira da semana passada.
Na maior parte do pregão, porém, a Bolsa paulista operou em baixa, em um dia no qual os investidores reviram suas posições e realizaram lucros.
As Bolsas de Nova York, que nas últimas semanas têm definido o desempenho do pregão local, também operaram sem rumo definido durante o dia, mas fecharam em alta.
"Ao longo do dia, o rendimento dos títulos norte-americanos em queda e as notícias corporativas favoreceram a recuperação das Bolsas nos EUA e por, conseqüência, aqui também", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Global Invest.
O Dow Jones avançou 0,32%. Na Nasdaq, que teve valorização de 0,61% e alcançou 2.359,75 pontos, o maior patamar em cinco anos, o destaque foram as ações da Apple -alta de 9,87%.
A empresa informou que passará a permitir que os computadores Macintosh com chips Intel funcionem com o sistema operacional Windows XP, o que pode aumentar a demanda pelas máquinas (leia à pág. B12).
O risco-país subiu 2,14%, para 238 pontos. Já o dólar encerrou o dia cotado a R$ 2,134, com pequena desvalorização de 0,09% -a quinta baixa consecutiva.
Apesar de analistas apontarem o forte ingresso da moeda no Brasil, a desvalorização foi moderada. Os investidores seguem cautelosos na espera por definições no cenário nacional e internacional.
A divulgação, amanhã, do IPCA (índice que serve de parâmetro para as metas de inflação) de março servirá de parâmetro para o mercado confirmar ou não a estimativa de corte de 0,75 ponto percentual no juro básico brasileiro.
Já os dados de emprego nos EUA, que também saem amanhã, vão balizar definições sobre os juros no país.
"Neste momento, os investidores esperam por novidades e definições sobre os dados de inflação no Brasil, o comportamento dos juros nos EUA e o ambiente político nacional", diz Mauro Giorgi, da corretora Geração Futuro.


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