DA REPORTAGEM LOCAL

Todas as carteiras da seção "Dicas" estão mantidas para esta semana. O aumento do risco-país do Brasil, medido pelo índice Embi+ do JP Morgan, e a queda das cotações dos C-Bonds, títulos da dívida externa brasileira, ainda não estão afetando o preço justo das ações das empresas negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), segundo Fábio Zagatti, analista do HSBC.
Por isso Zagatti diz que não é hora de mexer na carteira de papéis recomendados para compra pela instituição.
O preço justo é a estimativa do preço que as ações podem alcançar, com base na projeção de resultados das empresas feita pelos analistas dentro de um determinado cenário econômico.
Se a piora do cenário continuar por mais um mês, Zagatti diz que será necessário refazer as projeções de resultados das empresas e, aí, o preço justo do papel poderá mudar. Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora, diz que "ainda iremos sofrer com a volatilidade [oscilação dos preços", que tende a se ampliar com a aproximação das eleições".
Segundo ele, o mercado não está conseguindo reagir às boas notícias sobre as empresas e a economia. "Continuamos dependendo de um fluxo maior de recursos para a Bolsa, capaz de iniciar uma recuperação", diz.


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