DA REPORTAGEM LOCAL

O Novo Mercado é um espaço dentro da Bovespa destinado à negociação de ações de empresas que se comprometem a adotar práticas de boa governança corporativa.
Isso significa que a empresa deve aderir a um conjunto de regras societárias mais rígidas e oferecer alguns direitos aos minoritários, além dos exigidos por lei.
Um dos principais pontos que caracterizam uma empresa do Novo Mercado é a transparência e a qualidade das informações fornecidas.
O objetivo é que o acionista minoritário não tenha dúvidas em relação à administração e à saúde financeira da empresa.
Outras regras do Novo Mercado: a emissão de ações preferenciais é proibida; pelo menos 25% do capital deve estar em circulação na Bolsa; quando da venda do controle da companhia, todos os acionistas têm direito às mesmas condições de preço e pagamento obtidas pelos controladores.
Os níveis 1 e 2 de governança corporativa são degraus para o Novo Mercado, sendo as exigências do 2 maiores do que as do 1.
Em junho do ano passado, a Bovespa criou o IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada). Participam dele todas as ações listadas nos níveis 1 e 2 e no Novo Mercado (veja quadro ao lado).
O IGC tem apresentando um bom desempenho neste ano, melhor do que o Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo), e vários gestores de recursos já anunciaram a intenção de montar fundos de ações que sigam sua configuração.
Até sexta-feira, o IGC acumulava alta, no ano, de 7,62 %, enquanto o Ibovespa apresentava queda de 7,13%.
É muito importante ressaltar que o fato de uma empresa estar listada no Novo Mercado ou nos níveis 1 e 2 não significa que sua condição financeira seja boa ou que tenha boas perspectivas de resultado.
O que as destaca são basicamente os direitos oferecidos aos minoritários e a transparência de informações.
(IC)


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