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Telefônica diz aceitar
alta menor de tarifa
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do grupo Telefônica no Brasil, Fernando Xavier
Ferreira, afirmou ontem que está
disposto a negociar com o ministério das Comunicações reajustes
de tarifas abaixo do IGP-DI. Isso
se houver flexibilização de metas
de universalização da Telefônica
(operadora de telefonia fixa).
"Temos direito a reajuste integral pelo IGP-DI [cerca de 35%],
conforme a Lei Geral de Telecomunicações. Mas em breve vamos negociar o assunto com o governo", disse Ferreira.
Uma das flexibilizações de metas que o executivo pode levar ao
ministro Miro Teixeira diz respeito ao número de telefones públicos necessários em localidades
com 300 habitantes. As regras da
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para o final de
2003 determinam que é preciso
um "orelhão" a cada 300 metros.
A Telefônica já antecipou essa
meta, mas Ferreira disse estar disposto a revê-la. "Há excesso de
orelhões em muitas localidades. E
faltam orelhões em outros lugares", disse Ferreira.
Telefônica, Telemar, Brasil Telecom e outras operadoras devem
começar a ter reuniões como o
ministro Miro Teixeira nas próximas semanas, pois o reajuste a ser
aplicado nos preços das ligações
telefônicas fixas deve entrar em
vigor em junho.
Pela Lei Geral das Telecomunicações, o responsável pela aplicação do reajuste é a Anatel. O presidente da agência, Luiz Schymura,
afirmou, no entanto, que está
aguardando os entendimentos
entre o Ministério das Comunicações e as operadoras.
"Se não houver acordo, vou
cumprir o que diz a legislação",
disse Schymura. Ou seja, o IGP-DI poderá ser o índice de reajustes
dos preços das ligações telefônicas fixas.
Ligação fora de SP
A Telefônica inicia hoje a operação em telefonia fixa local fora do
Estado de São Paulo, sua primeira
área de atuação. Segundo Ferreira, 25% dos municípios com mais
de 700 mil habitantes serão atendidos. Só o setor corporativo será
beneficiado com a expansão do
serviço.
(LV)
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