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TORCIDA PELA RETOMADA
Em alusão à má fase do time, Lula diz que sofrimento não o desanima
"Tenho tanta fé que sou corintiano"
DA ENVIADA ESPECIAL A RIO VERDE
Ao falar ontem sobre sua expectativa em relação à proliferação das cooperativas no Brasil, o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, disse ser um homem "de
fé". Citou como exemplo seu
amor pelo Corinthians, time
que passa por má fase.
"Eu sou um homem de tanta
fé que sou corintiano. Ou seja, o
sofrimento para mim não significa nenhum incentivo para deixar de acreditar em alguma coisa, pelo contrário."
Segundo Lula, o dia em que o
povo descobrir a força das cooperativas irá se livrar de metade
dos seus problemas, entre eles o
"spread" bancário, que é a diferença entre o custo de captação
do dinheiro e os juros cobrados
dos consumidores finais.
"O dia em que o povo brasileiro descobrir que pode se organizar em cooperativa e, portanto,
não precisar ficar subordinado
aos "spreads" cobrados pelos
bancos, que pode estabelecer juros menores, que pode ter não
apenas cooperativa de produção, mas de crédito, eu penso
que nós estaremos começando
a mudar de forma mais consistente e definitiva."
Na saída da fábrica da Comigo, onde Lula participou da primeira cerimônia do dia, um
grupo de cerca de 70 militantes
do MLT (Movimento de Terra,
Trabalho e Liberdade) fez um
protesto. Eles carregavam faixas
pedindo terra e no carro de som
berravam palavras de ordem
contra o Fundo Monetário Internacional.
Ao vê-los, Lula desceu do carro oficial, cumprimentou e
abraçou os manifestantes. Já na
entrada da fábrica da Perdigão,
onde Lula teve o segundo compromisso do dia, um grupo de
aproximadamente 40 petistas
carregava bandeiras do partido
e gritava o nome de Lula. O presidente não parou.
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