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MERCADO FINANCEIRO
Investidores dessa categoria respondem por 26,9% dos negócios em abril, ante 29,2% no mês anterior
Cai a participação de pessoa física na Bolsa
DA REPORTAGEM LOCAL
No agitado mês de abril, em que
a Bolsa de Valores de São Paulo
registrou perdas de 11,45%, a participação do investidor pessoa física caiu. Dos 29,2% dos negócios
totais realizados na Bovespa em
março, a participação desse investidor recuou para 26,9% em abril.
Os analistas costumam afirmar
que, ao menor sinal de que o mercado de ações passa por uma fase
negativa, o pequeno investidor
troca de aplicação.
Ontem a Bovespa fechou com
pequena alta, de 0,19%. Mas, no
ano, a Bolsa tem perdas de 9,9%.
O saldo de compra e venda de
ações em abril pelos investidores
estrangeiros ficou positivo em R$
294 milhões. Na terceira semana
de abril, esse saldo era positivo em
R$ 520 milhões. Mas a turbulência dos últimos dias fez os investidores estrangeiros venderem
mais ações na Bovespa.
Ontem o mercado esteve mais
tranqüilo. Passada a reunião do
Fed (o BC dos EUA) na terça, os
investidores deram trégua aos títulos de países emergentes. Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira,
subiram 0,61%. Perto do fechamento, às 20h, o risco-país estava
em 661 pontos, em queda de 2%.
O dólar recuou um pouco ontem, após se aproximar dos R$
3,00 na segunda-feira. A queda
diante do real ontem foi de 0,51%,
e ele fechou vendido a R$ 2,955.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, a menor tensão deu espaço
para as taxas fecharem em baixa.
No contrato DI, que acompanha os juros interbancários, a taxa
fechou em 15,62%. Essa taxa mostra a expectativa dos investidores
de que a Selic será reduzida em
0,25 ponto percentual pelo Banco
Central neste mês.
Diminuem as remessas
Em abril, as remessas de dólares
ao exterior por meio das CC5
(contas de não-residentes) somaram US$ 140 milhões, queda de
37% ante março. Nos primeiros
quatro meses do ano, o envio para
fora do país ficou em US$ 407 milhões -ante US$ 1,228 bilhão de
janeiro a abril de 2003.
Se consideradas todas as operações de câmbio registradas no
país em abril, porém, chega-se a
um resultado positivo. O ingresso
de dólares no Brasil, segundo o
BC, foi de US$ 2,635 bilhões.
Esse fluxo de capital externo foi
garantido pelo comércio exterior.
Em abril, os exportadores trouxeram US$ 8,884 bilhões ao país. As
remessas feitas por importadores,
por sua vez, somaram US$ 3,902
bilhões. O BC considera apenas o
câmbio contratado.
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