São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2004

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VAREJO

Desinteresse empaca a venda da G. Barbosa

DA REPORTAGEM LOCAL

A venda da rede sergipana G.Barbosa, a bola da vez do mercado atualmente, dona de um faturamento bruto de R$ 923,6 milhões, corre o risco de ficar estacionada por falta de interesse. A cadeia varejista está à venda desde o ano passado, mas as negociações ganharam fôlego neste ano.
O Pão de Açúcar, no entanto, que corria na frente, passou a repensar na possibilidade de ficar com a rede, apurou a Folha.
Para o Carrefour, a segunda maior empresa do setor supermercadista no país, o negócio não interessa até o momento. A empresa anda acompanhando os passos da venda a certa distância.
No caso do Pão de Açúcar, a questão esbarra em números: o valor que os controladores do G.Barbosa querem -a holandesa Royal Ahold- passa distante daquilo que o Pão de Açúcar acredita que o negócio valha. Os valores são mantidos em sigilo.
Na prática, isso não difere muito das negociações que ocorrem nesse mercado: o dono quer um valor "X", que, para o comprador, representa um montante superestimado. No entanto, há um agravante nesse caso. A rede G.Barbosa, com 32 lojas, sofre um baque em seu faturamento desde o final do ano passado. O mesmo ocorreu com o Bompreço, cadeia vendida para o Wal-Mart e também controlada pela Royal Ahold.
As negociações, portanto, que começaram a partir de um montante, envolveram uma pressão do comprador para ter os valores revistos.
Em um ano, de 2002 para 2003, o faturamento bruto do G.Barbosa -dono de 1% do setor de supermercados no país- cresceu R$ 113,2 milhões. Em termos reais (descontada a inflação, o IPC), a expansão é de 5,8%.
A rede sergipana foi colocada à venda pelos controladores, ao lado do Bompreço, para fazer caixa e reduzir as dívidas da Royal Ahold. (AM)


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