São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2000


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AVIAÇÃO
Algumas rotas subsidiam outras, afirma ministro
Tápias diz que não há condições para liberar preço das passagens

DA REPORTAGEM LOCAL

A campanha que as empresas aéreas têm feito a favor da liberação dos preços das passagens mereceu ontem uma rejeição do ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias. "Não há condição hoje de liberar os bilhetes, pois as rotas mais frequentadas subsidiam aquelas onde existem menos passageiros", declarou Tápias.
A livre fixação de preços dos bilhetes é um dos principais pontos que as empresas querem ver incluídos nas regras da futura Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que substituirá o DAC (Departamento de Aviação Civil).
A meta, segundo tem defendido o diretor-executivo da Varig, Ozires Silva, é ter liberdade para cobrar preços mais altos nos momentos de maior demanda e dar descontos nos horários de menor movimento.
Tápias disse que não pode liberar as tarifas porque o governo precisa garantir o atendimento em regiões menos procuradas -"é uma questão de fornecer vôos nesses locais" -, mas disse que está aberto a tentar um meio-termo. "Podemos encontrar uma maneira de permitir a flexibilização de preços de uma rota."
O ministro reuniu-se pela manhã, na sede do BNDES em São Paulo, com consultores de aviação justamente para conseguir uma convergência de interesses do governo e das empresas. Estiveram presentes executivos da Consultec, Credit Suisse, UBS e Merrill Lynch.
O governo pretende enviar ao Congresso o projeto de lei para a criação da Anac dentro de quatro semanas. Ele poderá ser encaminhado ao deputado Eliseu Resende (PFL-MG), relator que analisa também a criação das agências de transporte terrestre e hidroviário.
Tápias descartou a possibilidade de aumentar o percentual de capital estrangeiro nas companhias aéreas. (LÁSZLÓ VARGA)



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