|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AVIAÇÃO
Algumas rotas subsidiam outras, afirma ministro
Tápias diz que não há condições para liberar preço das passagens
DA REPORTAGEM LOCAL
A campanha que as empresas
aéreas têm feito a favor da liberação dos preços das passagens mereceu ontem uma rejeição do ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias. "Não há condição hoje de liberar os bilhetes, pois as rotas mais frequentadas subsidiam
aquelas onde existem menos passageiros", declarou Tápias.
A livre fixação de preços dos bilhetes é um dos principais pontos
que as empresas querem ver incluídos nas regras da futura Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil), que substituirá o DAC (Departamento de Aviação Civil).
A meta, segundo tem defendido
o diretor-executivo da Varig, Ozires Silva, é ter liberdade para cobrar preços mais altos nos momentos de maior demanda e dar
descontos nos horários de menor
movimento.
Tápias disse que não pode liberar as tarifas porque o governo
precisa garantir o atendimento
em regiões menos procuradas
-"é uma questão de fornecer
vôos nesses locais" -, mas disse
que está aberto a tentar um meio-termo. "Podemos encontrar uma
maneira de permitir a flexibilização de preços de uma rota."
O ministro reuniu-se pela manhã, na sede do BNDES em São
Paulo, com consultores de aviação justamente para conseguir
uma convergência de interesses
do governo e das empresas. Estiveram presentes executivos da
Consultec, Credit Suisse, UBS e
Merrill Lynch.
O governo pretende enviar ao
Congresso o projeto de lei para a
criação da Anac dentro de quatro
semanas. Ele poderá ser encaminhado ao deputado Eliseu Resende (PFL-MG), relator que analisa
também a criação das agências de
transporte terrestre e hidroviário.
Tápias descartou a possibilidade de aumentar o percentual de
capital estrangeiro nas companhias aéreas.
(LÁSZLÓ VARGA)
Texto Anterior: Por um fio: Energéticas desrespeitam consumidores Próximo Texto: Panorâmica: Balança inicia o mês com déficit de US$ 57 mi Índice
|