São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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GUIA DOS FUNDOS

Perdas causadas nos fundos DI pelas turbulências não devem levar a decisões precipitadas sobre aplicações

Investidor deve tentar manter a calma

DA REPORTAGEM LOCAL

O susto com a perda dos fundos DI fez com que muitos investidores fossem aos bancos sacar seus recursos. No entanto, analistas consultados pela Folha afirmam que essa nem sempre é a atitude adequada a tomar.
Antes de decidir retirar o dinheiro, o investidor deve analisar as demais opções de aplicação, mas todas envolvem algum risco e diferentes níveis de rendimento.

Poupança
A poupança é a opção mais segura, já que o risco de perder dinheiro é baixo. O rendimento da poupança, no entanto, é pequeno. Em alguns meses, pode ser menor do que a inflação do período. Os consultores recomendam a caderneta apenas aos investidores com poucos recursos ou conservadores, ou seja, que não querem correr nenhum tipo de risco.

Renda variável
Uma outra opção seriam os fundos de renda variável -de ações e derivativos. O problema é que esses fundos são mais arriscados que os fundos DI. Os consultores nunca aconselham os investidores a aplicar mais do que 50% de seus recursos em renda variável.
Ainda assim, quem decidir sair dos fundos DI para fugir das variações da última semana, não deve colocar seus recursos em fundos renda variável, que estão sujeitos à oscilações bem mais fortes que as dos fundos DI.

Fundos cambiais
São fundos atrelados à variação cambial. Seu patrimônio é composto por títulos que têm o rendimento atrelado ao desempenho do câmbio, além de pagar juros.
Nesse caso, o investidor terá que assumir dois riscos. O mesmo que ele assume no caso do DI, ou seja, de o governo não honrar os títulos. E o do câmbio: se o dólar cair, o fundo se desvaloriza.

CDB
São títulos emitidos pelos bancos, uma espécie de empréstimo que o cliente faz para a instituição. Nesse caso, o investidor deve comparar as condições do investimento: as taxas são diferentes em cada banco e dependem da quantia aplicada. Há o risco de quebra do banco, e de que alterações na taxa básica de juros façam com que a aplicação renda menos do que outras aplicações atreladas à taxa de juros, como o DI.



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