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MERCADO FINANCEIRO
Ação do BC, com a troca de "swap" de câmbio de prazo mais curto, segurou a moeda dos EUA
Dólar ameaça disparar, mas perde fôlego
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central conseguiu diminuir o nervosismo registrado
na abertura do mercado de câmbio ontem. Após bater em R$
2,628, alta de 1,2%, o dólar recuou
à tarde para encerrar vendido a
R$ 2,609, com elevação de 0,46%.
A nova troca de "swap" de câmbio feita pela autoridade monetária pela tarde foi fundamental para acalmar os ânimos. O aumento
de oferta de moeda com o maior
volume de dólares oferecidos pelos exportadores também ajudou
a conter o que parecia ser mais
um dia de disparada da moeda
norte-americana. O valor de venda da moeda dos EUA no fechamento do mercado, ontem, foi o
maior desde o início de novembro do ano passado.
O governo trocou "swap" de
câmbio com prazo de vencimento
em janeiro de 2004, que estava na
mão das instituições financeiras,
por contratos similares com prazos mais curtos, em janeiro de
2003. A demanda pelos papéis
com vencimento no início do
próximo ano foi de R$ 2,6 bilhões.
O excesso de liquidez no mercado foi um dos fatores que impulsionaram a escalada do dólar nesta semana, segundo analistas.
Com mais recursos em carteira
devido ao aumento da aversão
aos títulos públicos, as instituições aumentaram a procura por
dólares. Na semana, a alta acumulada é de 3,7%.
A queda no valor do real diante
do dólar também reflete o aumento do risco-país. Ontem o risco-país, medido pelo JP Morgan,
ultrapassou a barreira dos 1.100
pontos. Com alta de 5%, o risco-país fechou em 1.127 pontos, o
maior nível desde novembro do
ano passado. Os C-Bonds, principais títulos da dívida do Brasil no
exterior, recuaram 2,4%.
"A abertura dos negócios foi
embalada pelo nervosismo de ontem [terça". A ação do BC foi fundamental para melhorar o mercado" diz Sérgio Machado, diretor
de tesouraria do banco Fator.
No segmento de juros, nos contratos negociados na Bolsa de
Mercadorias & Futuros, a oscilação das taxas seguiu o ritmo do
mercado de câmbio. As projeções
de juros subiram no início dos negócios para se acalmarem no fim
do dia. O contrato de prazo mais
curto fechou com taxa de 17,76%
ao ano, um pouco abaixo dos
17,82% anuais registrados na terça. A Bovespa fechou praticamente estável, com pequena queda de 0,08%.(FABRICIO VIEIRA)
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