São Paulo, terça-feira, 06 de agosto de 2002

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Lavagna prevê acordo mais vantajoso

DE BUENOS AIRES

Uma nova missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) chegou à Argentina ontem, desta vez para analisar as contas públicas do governo e das Províncias.
Otimista, o ministro Roberto Lavagna (Economia) diz acreditar que a Argentina possa ter uma negociação mais favorável com o FMI do que Brasil e Uruguai, apesar da demora do organismo em fechar o acordo com o país.
Em artigo publicado no jornal "Clarín", Lavagna considerou "superficial" a avaliação de que Uruguai -que anteontem recebeu US$ 1,5 bilhão dos Estados Unidos- e Brasil -que parece próximo de um acordo com o FMI- teriam sido beneficiados com negociações rápidas e concessões de empréstimos frescos.
Para o ministro, uma "análise mais profunda" da situação mostra que a ajuda aos dois países tem como objetivo evitar o calote da dívida externa.
No entanto, em troca da tranquilização temporária dos mercados, Brasil e Uruguai também terão uma dívida maior para administrar.
Já o acordo que busca a Argentina tem implicações diferentes, segundo o ministro, porque está sendo negociado "depois da crise". Apesar da "custosa" demora, esse socorro "não significará um aumento da dívida".
"Pelo contrário, a negociação com os credores privados a que daremos início imediatamente após o fechamento do acordo com o FMI deverá terminar (...) com uma redução da dívida total do país", escreveu. (JS)


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