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Lavagna prevê acordo mais vantajoso
DE BUENOS AIRES
Uma nova missão do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
chegou à Argentina ontem, desta
vez para analisar as contas públicas do governo e das Províncias.
Otimista, o ministro Roberto
Lavagna (Economia) diz acreditar
que a Argentina possa ter uma negociação mais favorável com o
FMI do que Brasil e Uruguai, apesar da demora do organismo em
fechar o acordo com o país.
Em artigo publicado no jornal
"Clarín", Lavagna considerou
"superficial" a avaliação de que
Uruguai -que anteontem recebeu US$ 1,5 bilhão dos Estados
Unidos- e Brasil -que parece
próximo de um acordo com o
FMI- teriam sido beneficiados
com negociações rápidas e concessões de empréstimos frescos.
Para o ministro, uma "análise
mais profunda" da situação mostra que a ajuda aos dois países tem
como objetivo evitar o calote da
dívida externa.
No entanto, em troca da tranquilização temporária dos mercados, Brasil e Uruguai também terão uma dívida maior para administrar.
Já o acordo que busca a Argentina tem implicações diferentes, segundo o ministro, porque está
sendo negociado "depois da crise". Apesar da "custosa" demora,
esse socorro "não significará um
aumento da dívida".
"Pelo contrário, a negociação
com os credores privados a que
daremos início imediatamente
após o fechamento do acordo
com o FMI deverá terminar (...)
com uma redução da dívida total
do país", escreveu.
(JS)
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