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Reunião do Fed dá o tom do mercado nesta semana
Após turbulências, mercado espera que juro seja mantido
DA REPORTAGEM LOCAL
A reunião periódica do Fed
(Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), marcada para amanhã, é o evento
de maior relevância para o
mercado financeiro global nesta semana de agenda relativamente fraca.
Os juros básicos dos Estados
Unidos, que servem de referência para as taxas praticadas no
mercado internacional, estão
em 5,25% anuais. A expectativa
de analistas e investidores é
que a taxa seja mantida nesse
patamar. Qualquer resultado
diferente desse irá incomodar
os investidores.
Depois desse encontro, haverá ainda três reuniões do Fed
até o fim do ano, a última ocorrendo em 11 de dezembro.
Há poucos meses, o mercado
discutia quando o BC dos EUA
iniciaria um novo ciclo de redução da taxa básica. Agora, após
as últimas turbulências relacionadas ao mercado imobiliário
norte-americano, que sacudiram o mercado global, trabalha-se com a hipótese de os juros básicos dos EUA não serem
alterados até o fim de 2007.
Mercado imobiliário
O desempenho do setor de
crédito habitacional norte-americano tem sido o principal
ponto de preocupação dos investidores. Uma crise que se
iniciou há alguns meses no segmento chamado de "subprime"
(crédito dirigido a pessoas com
histórico ruim de pagamento)
começou a dar sinais de que pode se espalhar por outros setores da economia. E a possibilidade de contágio é tudo o que
os investidores mais temem.
Amanhã haverá a divulgação
de dados apurados pela MBA
(Mortgage Bankers Association, associação americana de
bancos especializados em hipotecas), que podem trazer novidades sobre a saúde do mercado imobiliário dos Estados
Unidos, que tanto tem preocupado os investidores.
No mesmo dia, números do
segmento de crédito ao consumidor americano devem ser divulgados e estarão na mira de
investidores e analistas.
Eventos nacionais
No Brasil, a agenda econômica dos próximos dias também é
fraca em novidades.
O dado mais importante a ser
conhecido na semana é o resultado do IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo) de julho, computado pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que será
divulgado na quarta-feira.
A projeção do mercado aponta que a taxa de inflação do mês
passado fique em 0,24%. Em
junho, o IPCA marcou alta de
0,28%. No primeiro semestre, a
alta acumulada foi de 2,08%.
O IPCA é o índice utilizado
pelo Banco Central para monitorar a meta oficial de inflação,
que para este ano é de 4,5%.
Segundo a última pesquisa
feita pelo BC com cem instituições financeiras, a projeção dos
analistas é a de que o IPCA acumule alta de 3,72% em 2007, ou
seja, abaixo da meta oficial.
Se a meta de inflação é cumprida com folga, significa que
há espaço para os juros básicos
da economia, que estão atualmente em 11,5% anuais, seguirem em queda. O mercado projeta uma Selic, taxa básica, de
10,75% no fim de 2007.
Para a continuidade da queda
das taxas de juros, é necessário
que os dados de inflação permaneçam comportados.
Quando os indicadores de inflação apontam elevação que
coloca em risco a meta estabelecida pelo governo, o Copom
(Comitê de Política Monetária)
eleva a taxa Selic, como forma
de desestimular o consumo de
deter a escalada dos preços.
Outro dado de inflação que
será divulgado é o IGP-DI, apurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O indicador vai
ser conhecido amanhã.
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