|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comércio protestará contra minirreforma
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
A Federação do Comércio do
Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) liderará nos próximos
dias uma ampla campanha nacional de protesto contra o aumento
da carga tributária para as empresas prestadoras de serviços com a
minirreforma tributária do governo. A Fecomércio terá o apoio
de outras associações comerciais
do país e da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
O objetivo da campanha é tentar fazer com que a medida provisória nº 66, que estabelece a minirreforma, não seja aprovada no
Congresso. Para isso, a Fecomércio tem até 1º de dezembro, dia
previsto para a MP vigorar.
O empresário Abram Szajman,
presidente da Fecomércio, diz
que, a partir da próxima semana,
irá procurar parlamentares, dirigentes de associações empresariais de setores atingidos pela MP
e donos de empresas de jornais e
TVs, além dos candidatos à Presidência da República, para mostrar os efeitos negativos da MP sobre o setor de serviços.
Szajman também pretende,
com a contribuição de outras associações empresariais, promover uma grande campanha com
anúncios em jornais e TVs para
protestar contra a MP.
"Um dos candidatos está prometendo criar 8 milhões de empregos, mas com essa MP ele vai é
criar 8 milhões de desempregados", afirma Szajman, numa referência à proposta do presidenciável tucano José Serra de criar 8
milhões de empregos no seu governo, caso seja eleito.
De acordo com Szajman, as empresas prestadoras de serviços serão as mais prejudicadas com a
MP, já que elas estão impossibilitadas de descontar os créditos
com as despesas de mão-de-obra,
que correspondem a até 70% do
total de seus insumos. Por isso,
elas estarão sujeitas ao aumento
integral da alíquota do PIS de
0,65% para 1,65%.
Para o empresário, o Congresso
Nacional precisa impedir o que
representa a elevação de um ponto percentual na carga tributária,
equivalente a 153,8% de aumento
real para algumas empresas prestadoras de serviços, como as locadoras de veículos.
Szajman diz que nenhuma empresa de serviço está livre do aumento do PIS. Ele inclui nessa lista os escritórios de contabilidade
e de advocacia, as empresas da
área de comunicação (jornais e
TVs), as agências de publicidade,
as telefônicas, os supermercados e
o comércio em geral.
"Num dia o governo pune o comércio; no outro, ajuda as companhias aéreas. Não dá para entender a lógica disso", afirma.
Texto Anterior: Definição sobre venda de ações do BB sairá hoje Próximo Texto: Remessas pela CC-5 crescem 30% Índice
|