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Definição sobre venda de ações do BB sairá hoje
FLÁVIA SANCHES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Conselho Nacional de Desestatização (CND) se reúne hoje para discutir, entre outros assuntos, o modelo de venda das ações do Banco do Brasil que excedam o controle acionário da instituição. A proposta prevê desconto entre 5% e
10% para quem comprar as ações com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço).
A proposta de venda foi elaborada pelo banco Credit Suisse. A Folha apurou que devem ser liberados no máximo até R$ 400 milhões do FGTS para a compra das ações. A União espera arrecadar até R$ 1,5 bilhão com o leilão de 16% de ações do Tesouro Nacional e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A reunião foi marcada há dois dias a pedido do ministro Pedro Malan (Fazenda) e contará também com a presença do ministro Paulo Jobim (Trabalho), chamado ontem pelo
conselho para opinar sobre o
uso do FGTS.
Na reunião do conselho, também será analisado o desconto
a ser concedido na venda das
ações. O Tesouro Nacional, que
possui 71% do total de ações do
banco, defende um desconto
menor. "Quanto maior a percentagem de desconto reservado para os cotistas, menos o Tesouro vai arrecadar", afirma
Tarcísio Godoy, representante
da Fazenda do Conselho Curador do FGTS.
De acordo com Godoy, o Tesouro deve ficar com 60% das
ações do banco, como margem
de garantia para não correr o
risco de perder o controle acionário da instituição.
O Banco do Brasil terminou a
conversão das ações preferenciais (OP) em ordinárias (ON)
no dia 2 de setembro e irá informar hoje à Comissão de Valores Mobiliários o total de ações ordinárias.
Na composição acionária, o
Tesouro possui 71,% das ações,
o fundo de pensão Previ (Fundo de Pensão dos Funcionários
do BB), 13,7%, e o BNDES, 6%.
Os demais acionistas, cerca de
360 mil, possuem 9%.
O CND deve examinar ainda
a privatização de quatro bancos estaduais federalizados durante a renegociação de dívidas dos Estados.
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