São Paulo, sexta-feira, 06 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Definição sobre venda de ações do BB sairá hoje

FLÁVIA SANCHES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho Nacional de Desestatização (CND) se reúne hoje para discutir, entre outros assuntos, o modelo de venda das ações do Banco do Brasil que excedam o controle acionário da instituição. A proposta prevê desconto entre 5% e 10% para quem comprar as ações com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
A proposta de venda foi elaborada pelo banco Credit Suisse. A Folha apurou que devem ser liberados no máximo até R$ 400 milhões do FGTS para a compra das ações. A União espera arrecadar até R$ 1,5 bilhão com o leilão de 16% de ações do Tesouro Nacional e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A reunião foi marcada há dois dias a pedido do ministro Pedro Malan (Fazenda) e contará também com a presença do ministro Paulo Jobim (Trabalho), chamado ontem pelo conselho para opinar sobre o uso do FGTS.
Na reunião do conselho, também será analisado o desconto a ser concedido na venda das ações. O Tesouro Nacional, que possui 71% do total de ações do banco, defende um desconto menor. "Quanto maior a percentagem de desconto reservado para os cotistas, menos o Tesouro vai arrecadar", afirma Tarcísio Godoy, representante da Fazenda do Conselho Curador do FGTS.
De acordo com Godoy, o Tesouro deve ficar com 60% das ações do banco, como margem de garantia para não correr o risco de perder o controle acionário da instituição.
O Banco do Brasil terminou a conversão das ações preferenciais (OP) em ordinárias (ON) no dia 2 de setembro e irá informar hoje à Comissão de Valores Mobiliários o total de ações ordinárias.
Na composição acionária, o Tesouro possui 71,% das ações, o fundo de pensão Previ (Fundo de Pensão dos Funcionários do BB), 13,7%, e o BNDES, 6%. Os demais acionistas, cerca de 360 mil, possuem 9%.
O CND deve examinar ainda a privatização de quatro bancos estaduais federalizados durante a renegociação de dívidas dos Estados.


Texto Anterior: Petrobras pode ficar livre de aperto fiscal
Próximo Texto: Comércio protestará contra minirreforma
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.