São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2003 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Milho ou soja? É hora de decisão do plantio de verão. Milho ou soja? A menos que o produtor tenha de fazer rotatividade de cultura, a opção será pela soja, diz o cerealista José Pitoli. Colocando os dados de custo e de produção na ponta do lápis, o rendimento da soja é bem maior, diz ele. Quanto rende Pitoli diz que os produtores que utilizam tecnologia colhem, em média, 110 sacas de soja por alqueire, e gastam o correspondente a 60 sacas para a produção. Sobram 50. Já os produtores de milho colhem 240 sacas por alqueire, mas gastam 185 para a produção. Sobram 55. As diferenças Os produtores que estão fazendo vendas futuras de soja recebem US$ 11 por saca, o que gera receita de US$ 550 por alqueire. Já os de milho recebem US$ 5,20, o que garante receita de US$ 286. A perda para quem planta milho é de US$ 264 por alqueire -R$ 765-, diz ele. Melhor impossível A safra de trigo avança no Paraná, e a produtividade em algumas regiões é de 3.000 quilos por hectare, o que garante safra próxima de 3,5 milhões de toneladas -se tudo correr bem até o final da colheita. Esse volume, somado aos 2,1 milhões de toneladas do Rio Grande do Sul, pode garantir ao país safra superior a 5,5 milhões de toneladas, diz Pitoli. Emater confirma As primeiras estimativas da Emater para o Rio Grande do Sul confirmam queda na área de milho na safra 2003/4. O cenário mais provável é de redução de 5% na área, com a produção de 4,5 milhões de toneladas, dizem os técnicos da Emater. Preço melhor O quilo do frango vivo foi negociado em agosto a R$ 1,44 nas granjas paulistas, com alta de 11,6% em relação a julho. Já o custo de produção ficou em R$ 1,25, segundo José Carlos Teixeira, analista do setor. Opções de café A Conab alerta os produtores que fizeram opções de café para sinalizar às Bolsas se vão ou não exercer os contratos. Para os técnicos do escritório Carvalhaes, de Santos, a esse preço "não é bom negócio entregar ao governo". Cultura de exportação É preciso desenvolver uma nova cultura de exportação, repassando para as empresas -pequenas e médias- informações específicas, tecnologias disponíveis e financiamentos para o setor, diz o secretário do governo paulista João Carlos Meirelles. Vinho para os tchecos Restaurantes tchecos começam a servir o vinho brasileiro Casa Valduga. Após os tchecos, serão os canadenses, norte-americanos e os ingleses, diz Jussiane Casagrande, diretora comercial da Luiz Valduga & Filhos Ltda. A empresa espera exportar 20% de sua produção até 2005. As exigências do mercado externo são grandes, o que deverá gerar mais qualidade ao produto, diz ela. Na dose certa Estudo do BNDES mostra que o setor de orgânicos tem crescimento rápido no país. Com movimentação de US$ 90 milhões em 98, os orgânicos devem atingir US$ 300 milhões neste ano. A Usina São Francisco, que já está na produção de açúcar e de café, lança agora o suco de laranja Native de 200 ml. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa tem maior nível desde março de 2001 Próximo Texto: Comércio exterior: BNDES negocia financiamento de R$ 1 bi para exportações da Embraer Índice |
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