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MERCADO FINANCEIRO
Alta da Bovespa no ano chega a 41,09%; com queda de 2,5% na semana, dólar recua para R$ 2,906
Bolsa tem maior nível desde março de 2001
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa cravou mais um recorde. Alcançou ontem os 15.899
pontos, nível que não alcançava
desde março de 2001. Na semana,
a Bolsa de Valores de São Paulo
acumulou valorização de 4,78%.
No ano, o Ibovespa -o principal índice, formado pelas 54 ações
de maior negociação- acumula
ganho de 41,09%.
A alta no pregão de ontem ficou
em 1,24%. Foi o sexto dia de ganho consecutivo da Bolsa paulista. O giro de ontem manteve a boa
média dos últimos dias, ficando
em R$ 976,5 milhões. Analistas
apontam a entrada recente de recursos de investidores estrangeiros como fundamental para manter elevado o volume negociado.
A petroquímica Braskem foi
quem mais brilhou na semana. As
ações preferencias "A" da empresa dispararam 19,8%. Outra alta
bastante expressiva foi registrada
pelo papel PN da Tele Nordeste
Celular, que ganhou 17,1%.
As ações da Petrobras voltaram
a subir. Ontem a alta dos papéis
preferenciais da Petrobras foi de
1,77%, ainda refletindo o anúncio
da reavaliação do tamanho das
reservas de gás natural na bacia de
Santos (SP).
Mais uma vez, o setor de maior
destaque na Bolsa foi o de energia
elétrica. Na semana, o IEE, índice
que acompanha os papéis das
empresas de energia, subiu 6,9%.
Entre as ações do setor, quem
mais ganhou na semana foi o papel PN da Eletropaulo, que teve
alta acumulada de 15,1%.
Câmbio
A queda do dólar na semana ficou em 2,5%. A moeda dos EUA
caiu 0,89% somente ontem, para
encerrar vendida a R$ 2,906, menor valor em cerca de 40 dias.
A expectativa de entrada de
mais recursos provenientes de
captações realizadas lá fora tem
ajudado a manter o dólar abaixo
dos R$ 3,00. Operadores de mesas
de câmbio afirmam que nos últimos dias não foi sentida a presença do Banco do Brasil comprando
dólares, como vinha ocorrendo
recentemente.
As taxas de juros futuros também cederam nos últimos dias.
Quanto mais se aproxima a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), mais os juros têm
recuado. Na semana, o contrato
DI -que considera os juros interbancários- de vencimento
mais curto caiu na Bolsa de Mercadorias & Futuros de 21,10% para 20,78% anuais. A taxa básica
está em 22%.
(FABRICIO VIEIRA)
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