São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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Inflação pode frear novas quedas, dizem analistas

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) de reduzir a taxa básica da economia brasileira, a Selic, de 11,50% para 11,25% anuais ratificou as expectativas predominantes no mercado financeiro.
O que mais chamou a atenção dos analistas foi a unanimidade da decisão.
Para José Francisco Gonçalves, economista do banco Fator, essa pode ter sido a última redução da taxa Selic no ano.
"A unanimidade da decisão foi construída a partir da deterioração vivida nas últimas semanas. E acho que esse foi o último corte da Selic neste ano. A inflação, por exemplo, voltou a representar um perigo", diz Gonçalves. Para o economista, o mercado passará agora a colocar a inflação projetada para 2008 no centro das discussões.
Se a inflação começa a ameaçar a meta oficial, diminuem as chances de o Copom seguir reduzindo a taxa básica de juros.
Para Istvan Kasznar, conselheiro econômico da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), além de maior insegurança no mercado internacional, ainda há um pequeno repique inflacionário.
"É difícil prever os próximos passos da política monetária até o final do ano. É possível que haja mais dois cortes de 0,25 ponto, o que traria a taxa Selic para 10,75% no final de 2007. No entanto, a pesquisa Focus do BC desta semana já prevê juros básicos de 11% no final do ano. É esperar para ver", afirma Kasznar.
Ontem, no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros, a taxa do contrato DI que vence no fim do mês fechou estável, em 11,20% anuais.


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