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Inflação pode frear novas quedas, dizem analistas
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC)
de reduzir a taxa básica da economia brasileira, a Selic, de
11,50% para 11,25% anuais ratificou as expectativas predominantes no mercado financeiro.
O que mais chamou a atenção dos analistas foi a unanimidade da decisão.
Para José Francisco Gonçalves, economista do banco Fator, essa pode ter sido a última
redução da taxa Selic no ano.
"A unanimidade da decisão
foi construída a partir da deterioração vivida nas últimas semanas. E acho que esse foi o último corte da Selic neste ano. A
inflação, por exemplo, voltou a
representar um perigo", diz
Gonçalves. Para o economista,
o mercado passará agora a colocar a inflação projetada para
2008 no centro das discussões.
Se a inflação começa a ameaçar a meta oficial, diminuem as
chances de o Copom seguir reduzindo a taxa básica de juros.
Para Istvan Kasznar, conselheiro econômico da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), além de
maior insegurança no mercado
internacional, ainda há um pequeno repique inflacionário.
"É difícil prever os próximos
passos da política monetária
até o final do ano. É possível
que haja mais dois cortes de
0,25 ponto, o que traria a taxa
Selic para 10,75% no final de
2007. No entanto, a pesquisa
Focus do BC desta semana já
prevê juros básicos de 11% no
final do ano. É esperar para
ver", afirma Kasznar.
Ontem, no pregão da Bolsa
de Mercadorias & Futuros, a taxa do contrato DI que vence no
fim do mês fechou estável, em
11,20% anuais.
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