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Dados dos EUA enfraquecem as Bolsas
Queda no volume de vendas de moradias e sinal de que Fed pode não reduzir juros provocam baixas nos mercados
Bolsa de SP recua 1,53%,
mas ainda tem alta de 22%
no acumulado do ano; dólar
fecha com apreciação de
0,97%, vendido a R$ 1,968
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma série de dados econômicos dos EUA tirou a força dos
mercados. Após seguidas altas,
as Bolsas de Valores caíram pelo mundo. No Brasil, a baixa da
Bovespa ficou em 1,53%.
Nos principais centros financeiros, as quedas foram próximas à registrada no mercado
doméstico. Em Wall Street, o
índice Dow Jones recuou
1,07%, e a Nasdaq perdeu
0,92%. A Bolsa de Frankfurt teve queda de 1,73%, e, em Londres, a baixa ficou em 1,66%.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar se valorizou em
0,97% e foi a R$ 1,968.
Os mercados iniciaram seus
negócios de ontem respondendo, mais uma vez, a dados negativos do setor imobiliário americano. Segundo apuração da
Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA, a
venda de moradias usadas no
país teve recuo de 12,2% em julho, sendo essa a mais forte
queda desde 2001.
O esperado livro bege -compilação de dados econômicos
feita pelo BC americano-,
apresentado ontem, apontou
desaceleração na economia dos
EUA, mas afirmou que, além do
setor imobiliário, a crise afetou
pouco a atividade econômica
como um todo.
E essa notícia, positiva para a
maior economia do mundo,
não ajudou as Bolsas porque reduziu a expectativa de que o
Fed (BC dos EUA) diminuirá os
juros básicos do país em sua
reunião do dia 18.
Analistas afirmavam nos últimos dias, em que o mercado
passava por recuperação, que
ainda era cedo para dizer que as
turbulências haviam encontrado seu fim.
Na opinião dos analistas da
corretora Planner, o fato de o
mercado financeiro já abrir ontem em baixa "sinaliza que continua a preocupação com o setor imobiliário americano".
A Bovespa tem um saldo de
12 altas nos últimos 14 pregões.
No ano, a valorização acumulada está em 22,34%.
Ontem o índice Ibovespa,
que reúne as 63 ações de maior
negociação da Bolsa paulista,
fechou com 54.407 pontos. Para voltar a seu pico histórico, os
58.124 pontos registrados em
19 de julho, a Bolsa ainda tem
de subir 6,83%.
A pontuação da Bovespa oscila de acordo com o valor das
ações. Assim, afirmar que a Bovespa se encontra em sua pontuação máxima significa que as
ações da Bolsa paulista nunca
valeram tanto.
Ontem o mercado financeiro
brasileiro fechou antes de o Copom anunciar sua decisão sobre a taxa básica de juros.
A movimentação financeira
no mercado acionário local ficou em R$ 4,04 bilhões, abaixo
da média diária de agosto, que
foi de R$ 5,4 bilhões.
Balanço da Bovespa mostrou
que o volume total movimentado nos negócios com ações neste ano já bate o total acumulado
em 2006 -R$ 718,8 bilhões
contra R$ 598,9 bilhões. Isso
mostra que cada vez mais se
tem negociado ações no país.
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