São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2008

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Indústria de cobre trabalha com baixa ociosidade em produtos sofisticados

GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO

As indústrias de cobre que trabalham com produtos mais sofisticados estão operando num patamar perigosamente elevado. O uso da capacidade instalada dessas empresas está perto de 80%, estima Sérgio Aredes, presidente do Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo).
As companhias que se dedicam a componentes mais elaborados, como condutores elétricos de média tensão para a indústria automobilística, não vêm trabalhando em "patamar confortável", diz Aredes. Para as empresas que atuam com produtos padronizados, de uso doméstico, a utilização da capacidade instalada está na tranqüila faixa de 60% a 70%.
O Sindicel avalia que a capacidade produtiva do segmento mais sofisticado da indústria de cobre tende a se ampliar com o início da operação de investimentos que vêm sendo realizados desde o fim de 2006. Não há número oficial, mas o sindicato estima que tenham sido aplicados até US$ 80 milhões.
Dependendo do setor, entre a tomada de decisão e o começo de operação de máquinas e equipamentos especiais, existe um intervalo de 6 a 18 meses, diz Aredes. Esses investimentos devem "maturar" até o primeiro trimestre de 2009.
A indústria de cobre deve fechar 2008 com crescimento de produção de 7% a 8%. O Sindicel projetava antes avanço da ordem de 5% e 6%, semelhante ao do ano passado em relação a 2006. Em 2007, o setor registrou 670 mil toneladas e faturamento de US$ 7,5 bilhões.

Pesquisa
Levantamento do Sindicel mostra que, para este terceiro trimestre, os empresários esperam aumento das vendas.
Segundo 73% dos entrevistados, haverá crescimento no volume de produtos comercializados em relação a igual período do ano passado.
Para 20%, as vendas devem se manter no mesmo patamar. Apenas 7% dos entrevistados prevêem retração.
Sérgio Aredes justifica esse desempenho pela "retomada de investimentos em telecomunicações, as novas perspectivas do setor de óleo e gás e o crescimento acelerado de setores como o automobilístico e da construção civil".
O Sindicel representa 60 empresas de todo o país. Segundo a entidade, essas companhias representam 90% da produção do setor.


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