EDUARDO CUCOLO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento na demanda das micro e pequenas empresas por crédito levou a Caixa Econômica Federal a liberar mais R$ 20 bilhões para empréstimos no segmento até o fim do ano. Esse valor se somará aos R$ 18 bilhões já emprestados ao segmento até agosto, e o banco público espera fechar 2009 com alta de 56% no crédito para empresas desse porte.
São consideradas micro e pequenas as empresas com faturamento anual até R$ 2,4 milhões. O dinheiro será direcionado para linhas como capital de giro e antecipação de receitas, com as mesmas taxas usadas pela Caixa nesse segmento.
Segundo o superintendente de Micro e Pequena Empresa da CEF, Zaqueu Soares, a liberação desse dinheiro já estava prevista no orçamento do banco, mas dependia da demanda por parte das empresas. "A gente acredita que esse recurso vá ser suficiente para atender a essa demanda aquecida que ocorre no segundo semestre e também essa retomada da atividade econômica."
Em agosto, o BB também anunciou reforço no crédito para pequenas empresas, com oferta de R$ 13,9 bilhões em crédito pré-aprovado para investimentos.
O aumento na liberação de crédito por parte dos bancos públicos foi uma das medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise. Nos oito primeiros meses de 2009, essas instituições liberaram R$ 90 bilhões, seis vezes o valor emprestado pelos bancos privados nacionais no período.
Um dos problemas da crise foi o aumento na exigência dos bancos de garantias para renovar ou abrir linhas de crédito. Por isso, parte dos empréstimos para empresas de menor porte já está sendo coberta pelos fundos garantidores criados pelo governo federal. Eles oferecem garantias contra risco de inadimplência para 80% do valor emprestado, o que contribui para reduzir os juros.
O BB, gestor de um desses fundos, já liberou R$ 170 milhões para pequenas empresas utilizando essa garantia.


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