São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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PAPEL E CELULOSE

Empresa fará emissão de debêntures

BNDES deve ajudar reestruturação da dívida da Klabin com R$ 450 mi

GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá dar um apoio de cerca de R$ 450 milhões à Klabin no processo de reestruturação da dívida da empresa.
Segundo a Folha apurou, a Klabin irá fazer uma emissão de debêntures conversíveis em ação de cerca de R$ 1,1 bilhão para honrar seus compromissos. A empresa tem R$ 1,17 bilhão de dívidas vencendo neste trimestre.
Depois de cerca de dois meses de negociações, o BNDES garantiu à Klabin a subscrição de 40% desse total. O restante da subscrição deverá ser absorvido por um pool de bancos privados.
Debêntures são títulos emitidos por empresas, que remuneram o investidor com uma taxa fixa, diferentemente das ações, cujo rendimento é variável.
Em comunicado de imprensa publicado hoje nos jornais, a Klabin informa que "concluiu, com êxito, o processo de obtenção de compromissos firmes de participação de bancos privados em operações financeiras estruturadas, que, juntamente com a participação do BNDES, totalizam montante suficiente para fazer frente aos compromissos de curto prazo da empresa".
Na segunda-feira, a Klabin deixou de pagar US$ 50 milhões em eurobonds. Na nota publicada hoje nos jornais, a Klabin diz que solicitou aos investidores a prorrogação por dois anos para o prazo final de vencimentos dos títulos, mas, em reunião realizada em Londres na sexta-feira passada, a proposta não foi aceita.
Segundo a nota, a Klabin diz que "iniciará procedimentos para efetivar o resgate dos eurobonds que venceram na última segunda-feira". Em relação aos US$ 60 milhões em eurobonds que vencem em 28 de dezembro, a empresa garante que serão pagos na data. Sobre os R$ 115 milhões em debêntures que venceram na sexta-feira passada, a Klabin informa, na nota, que o pagamento será efetuado depois de amanhã.
O problema de caixa se deve ao câmbio. A dívida total da empresa é de R$ 3,2 bilhões -67% em moeda estrangeira. Ontem, a Standard & Poor's rebaixou a empresa, citando a reestruturação da dívida como motivo.


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