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PAPEL E CELULOSE
Empresa fará emissão de debêntures
BNDES deve ajudar reestruturação da dívida da Klabin com R$ 450 mi
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) deverá dar um apoio de
cerca de R$ 450 milhões à Klabin
no processo de reestruturação da
dívida da empresa.
Segundo a Folha apurou, a Klabin irá fazer uma emissão de debêntures conversíveis em ação de
cerca de R$ 1,1 bilhão para honrar
seus compromissos. A empresa
tem R$ 1,17 bilhão de dívidas vencendo neste trimestre.
Depois de cerca de dois meses
de negociações, o BNDES garantiu à Klabin a subscrição de 40%
desse total. O restante da subscrição deverá ser absorvido por um
pool de bancos privados.
Debêntures são títulos emitidos
por empresas, que remuneram o
investidor com uma taxa fixa, diferentemente das ações, cujo rendimento é variável.
Em comunicado de imprensa
publicado hoje nos jornais, a Klabin informa que "concluiu, com
êxito, o processo de obtenção de
compromissos firmes de participação de bancos privados em
operações financeiras estruturadas, que, juntamente com a participação do BNDES, totalizam
montante suficiente para fazer
frente aos compromissos de curto
prazo da empresa".
Na segunda-feira, a Klabin deixou de pagar US$ 50 milhões em
eurobonds. Na nota publicada
hoje nos jornais, a Klabin diz que
solicitou aos investidores a prorrogação por dois anos para o prazo final de vencimentos dos títulos, mas, em reunião realizada em
Londres na sexta-feira passada, a
proposta não foi aceita.
Segundo a nota, a Klabin diz
que "iniciará procedimentos para
efetivar o resgate dos eurobonds
que venceram na última segunda-feira". Em relação aos US$ 60 milhões em eurobonds que vencem
em 28 de dezembro, a empresa
garante que serão pagos na data.
Sobre os R$ 115 milhões em debêntures que venceram na sexta-feira passada, a Klabin informa,
na nota, que o pagamento será
efetuado depois de amanhã.
O problema de caixa se deve ao
câmbio. A dívida total da empresa
é de R$ 3,2 bilhões -67% em
moeda estrangeira. Ontem, a
Standard & Poor's rebaixou a
empresa, citando a reestruturação da dívida como motivo.
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