São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Volume negociado foi de R$ 404,4 milhões, 25% menor que a média de outubro; Dow sobe 1,24%

Bovespa fecha com ligeira queda de 0,51%

DA REPORTAGEM LOCAL

Em mais um dia de poucos negócios, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o pregão de ontem em queda de 0,51%, com o índice Ibovespa em 9.861 pontos. O volume total negociado foi de R$ 404,4 milhões, valor 25% menor que a média de operações diárias do mês de outubro.
"O mercado passou o dia indefinido, não tivemos nenhum fato novo que revertesse a realização de lucros feita na segunda-feira. A esperança é ver a divulgação dos novos quadros do governo para que o mercado se movimente", disse Cláudio Henrique Sangar, da corretora Planner.
As ações ordinárias do Banco do Brasil lideraram as altas no dia, com valorização de 4%. O movimento foi motivado pelo leilão de venda das ações do banco iniciado ontem pelo governo.
Apesar de o pregão ter aberto em queda, não houve tendência definida durante o dia. A justificativa para a queda continua sendo o da realização dos lucros obtidos em outubro, quando o mês encerrou com alta de 17,92%.
Segundo os analistas, alguns operadores tentaram usar eventuais declarações dos dirigentes do PT para demonstrar falta de coordenação dentro do partido, mas aparentemente o acordo entre o partido e o PMDB para o lançamento de candidaturas às presidências da Câmara e do Senado no próximo ano foi bem recebido.
As Bolsas nos EUA fecharam o dia em alta, mas também em compasso de espera em razão da reunião do Fed (banco central norte-americano) programada para amanhã. A Dow Jones subiu 1,24% e a Nasdaq ganhou 0,3%.
Segundo Gustavo Alcântara, analista do Banco Prosper, o setor de telefonia celular foi beneficiado pelos ganhos de eficiência operacional das companhias. A Telemig PN subiu 3,50% e a Tele Celular Sul PN, 3,44%.
As ações que mais caíram foram Eletrobrás ON (6,05%), Cemig PN (4,43%) e Vale do Rio Doce PNA (4,4%).
Além do destaque negativo das companhias do setor elétrico Eletrobrás e Cemig, a Copel e a Eletropaulo também lideraram as baixas durante alguns momentos.
Segundo os analistas, esse movimento no setor deveu-se a um ajuste de preços por parte de empresas que estavam com preços distorcidos e de um recuo no setor, por esse poder ser muito propenso às ações do novo governo. (GEORGIA CARAPETKOV)


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