São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Preocupação
Pode acontecer o que muitos produtores agrícolas temiam: dólar elevado no período do plantio e baixo no período da safra. No período que antecipou o plantio, os custos foram bastante elevados devido ao peso do dólar nos insumos. Se for confirmada a queda da moeda norte-americana, deverá haver a desaceleração nos preços dos agrícolas.

Efeito dólar
A queda da moeda norte-americana começa a surtir efeitos no mercado agrícola. Os negócios estão devagar porque as indústrias esperam novas quedas para a aquisição de matérias-primas. Já os produtores querem segurar os preços elevados e reduzem as ofertas. A soja caiu e é um dos primeiros produtos a refletir a queda do dólar.

Controle biológico
A Emater/RS inicia hoje uma campanha para o controle biológico da lagarta da soja. Será distribuído material informativo nas regiões produtoras, e a meta do governo gaúcho é duplicar a área de lavoura com o uso de bioinseticida para 120 mil hectares. Os técnicos da Emater incentivam os produtores a usar a rotação da cultura para diminuir as pragas.

Relançamento do algodão
A BM&F relança dia 8 o contrato de algodão. Houve mudanças no tipo do algodão e no tamanho dos contratos negociados.

Questão fundiária
Várias entidades agropecuárias discutem hoje, em Brasília, a questão fundiária no Brasil. Há preocupação do setor com as possíveis medidas a serem adotadas pelo novo governo.

Vacinação
Pelo menos 13,4 milhões de animais deverão ser vacinados contra a febre aftosa no Estado de São Paulo neste mês, segundo estimativa da Secretaria de Agricultura. São Paulo é considerado zona livre da doença com vacinação e há seis anos não registra nenhum caso de febre aftosa.

Recuperação no Paraná
A saca de café é comercializada, em média, a R$ 126,60 no Paraná, com alta de 74% em relação a junho. Redução de oferta, alta do dólar e aumento das exportações são os responsáveis pela alta, diz Margorete Demarchi, do Deral.

Reação dos suínos
Os preços da carne suína deverão reagir nesta semana. A alta se deve ao abate de animais mais leves, às cotações elevadas do boi e do frango, além dos aumentos dos custos. Nos últimos três meses, a saca teve alta de 60%, segundo a Associação Paulista de Criadores de Suínos.

Boi a R$ 59
A arroba de boi gordo foi negociada ontem a R$ 59 no Estado de São Paulo, conforme cotações da FNP. A oferta é escassa e o aumento dos preços pode não parar por aí, segundo estimativas da entidade. As exportações é que dão firmeza aos preços do boi.

Forte pressão
Os alimentos subiram 2,86% em outubro para os consumidores paulistanos, segundo a Fipe. Essa alta supera a inflação média do período, que foi de 1,28%. Os alimentos industrializados lideram, com alta de 3,26%. Os semi-elaborados subiram 3,2%

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