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Disputa na telefonia não chega a Santos
DA REPORTAGEM LOCAL
A disputa entre o Opportunity,
do banqueiro Daniel Dantas, o Citigroup e a Previ para obter o controle da Brasil Telecom não teve
reflexo -pelo menos até agora-
na Santos-Brasil, controlada por
esses três grupos.
A Santos-Brasil informa, por
meio de sua assessoria de imprensa, que a composição acionária da
empresa está mantida, apesar dos
desentendimentos entre Previ e
Citigroup com Dantas na área de
telefonia. Nesse setor, ocorreram
várias disputas entre sócios e até
acusações de espionagem.
Os três grupos tinham, no passado, interesses comuns. Por isso,
uniram-se para ter ações em algumas empresas, como a Santos-Brasil. Em 1997, por meio de leilão
realizado na Bovespa, a Santos-Brasil obteve o direito de operar o
Terminal de Contêineres de Santos (Tecon de Santos) por 25 anos.
A Folha apurou que a disputa
dos grupos para obter o controle
da Brasil Telecom pode até ter
motivado a denúncia de suposta
prática de fraude na Santos-Brasil
(a empresa estaria liberando mercadoria importada para os clientes antes de desembaraço da alfândega). Essa denúncia seria de
interesse de alguns sócios. Também têm ações na Santos-Brasil a
Sistel, a Multiterminais e a Fink.
Dantas entende que Previ e Citigroup estariam sob a influência
do governo petista para tirá-lo da
disputa pela Brasil Telecom. Previ
e Citigroup negam.
A Previ informa, por meio de
sua assessoria de imprensa, que é
acionista mas não participa da
gestão da Santos-Brasil e que,
apesar de integrar o conselho de
administração da companhia,
não está presente no seu dia-a-dia. Informa ainda que não tem
conhecimento de supostas fraudes envolvendo a Santos-Brasil e
vai pedir providências na próxima reunião do conselho de administração para apurar o caso.
O Opportunity informa, também por meio de sua assessoria de
imprensa, que o controle da Santos-Brasil é compartilhado pelos
três acionistas da empresa.
A assessoria do Citigroup no
Brasil afirma que não está autorizada a comentar a questão. Procurou os responsáveis em Nova
York, mas não obteve resposta sobre o pedido da Folha.
Sobre possíveis mudanças na
composição acionária da Santos-Brasil, representantes do Opportunity, da Previ e do Citigroup
não se pronunciaram. (FF e CR)
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