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MERCADO
Ex-ministro promove fórum no Rio
Velloso desaprova CPMF permanente
CHICO SANTOS
da Sucursal do Rio
O ex-ministro do Planejamento
(governos Médici e Geisel) João
Paulo dos Reis Velloso acredita
que a transformação da CPMF
(Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira) em
tributo permanente, como deseja
o governo, vai agravar o ônus que
ela representa hoje para o mercado de capitais do país.
"Se o imposto for criado, vai ser
pior. Será permanente", disse o
ex-ministro, que promove na
quarta-feira, no Rio, o Fórum de
Mercado de Capitais.
Com o tema "Rumos do Mercado de Capitais no Brasil", o Fórum será realizado a partir das
14h30, no auditório do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"Se conseguirmos que o mercado de capitais passe a ser uma
prioridade, o fórum já terá atingido seu objetivo", disse Reis Velloso. Segundo ele, o Brasil não pode
mais perder tempo nesse campo,
porque "não se constrói uma economia dinâmica sem mercado de
capitais forte".
A desoneração das operações
em Bolsas é um dos pontos que
ele considera essenciais.
Reis Velloso contou que, quando era ministro do Planejamento
e Mário Henrique Simonsen era
ministro da Fazenda (governo
Geisel), eles davam assentos ao
presidente da então recém-criada
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no Conselho Monetário
Nacional, órgão que tomava as
grandes decisões econômicas do
governo na época.
O objetivo, segundo ele, era fazer com que a CVM, órgão criado
para fiscalizar e regulamentar o
mercado, opinasse sobre os ônus
que determinadas medidas poderiam trazer ao mercado.
Naquela época, segundo Velloso, o mercado primário (lançamento de ações) era vigoroso, enquanto hoje ele praticamente inexiste. As taxações também acabam fazendo com que os papéis
de empresas brasileiras sejam cada vez mais negociados em Bolsas
do exterior, transferindo liquidez.
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