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CURTO-CIRCUITO
Compromisso teria sido feito em reunião com o BNDES nos EUA
AES diz que vai liberar ações de subsidiária, segundo Lessa
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES (Bando Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Carlos Lessa, disse ontem que a AES norte-americana teria afirmado, durante uma série de reuniões em Washington, nesta semana, que vai liberar as ações da subsidiária AES
Tietê, que foram dadas em garantia a um empréstimo nos EUA.
O empréstimo, de US$ 300 milhões, foi feito com sindicatos de
bancos estrangeiros. As reuniões
em Washington foram com o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa.
Lessa reafirmou que a AES, controladora da Eletropaulo, tem que
liberar as ações da Tietê para que
possa ser formalizado o acordo de
renegociação da dívida de US$ 1,2
bilhão que ela tem com o banco.
Caso contrário, o banco entrará
na Justiça contra a empresa. O
prazo acertado para o fechamento do acordo entre o BNDES e a
AES termina no próximo dia 15.
"Eles garantiram agora [que vão
liberar as ações da Tietê], mas
também já tinham garantido
quando assinaram o documento.
Agora, chega ao final e eles dizem
que não vão fazer. Tenho razão de
ser São Tomé, querendo ver para
crer", disse.
Em 9 de setembro, o banco e a
holding americana assinaram um
memorando de entendimento no
qual a AES se comprometia a liberar as ações da subsidiária AES
Tietê que estão em mãos de investidores no exterior. A AES Tietê,
ao lado da AES Uruguaiana e da
AES Eletropaulo, passaria a ser
controlada pela NovaCom, empresa da qual o BNDES terá 50%
das ações menos uma, e a AES
Corporation, 50% mais uma.
Se não houver entendimento, a
estimativa é que o BNDES feche o
ano com prejuízo de R$ 1,7 bilhão
-o primeiro de sua história.
O presidente do banco disse que
a AES é mais "um esqueleto" que
o banco está trazendo "à luz do
sol". "Nós colocamos à luz do sol
todos os esqueletos que herdamos. Não rolamos esqueletos
porque a gente tem medo de ponta de osso. Neste ano nós explicitamos alguns esqueletos", disse.
"As perdas agora são apenas a
explicitação de equívocos contratuais cometidos no passado."
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