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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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Central diz que não é "pelega"

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário-geral da CUT, João Felício, afirmou que a entidade não é "pelega" (subserviente) do governo Lula. O comentário foi feito após ser indagado se a análise do primeiro ano de gestão não seria mais crítica se outro partido, que não o PT, estivesse no poder.
"Se vocês procuram pelegos, não vão encontrar na CUT. Na Força tem pelego. Aqui, não", disse Felício. O termo pelego se refere à pele de carneiro que alivia o impacto entre cavaleiro e cavalo, mas, depois das reformas trabalhistas implementadas por Getúlio Vargas em seu primeiro governo (1930-1945), passou a ser usado para designar sindicalistas que se dedicam a "amortecer" conflitos entre patrões e empregados.
"O que o João Felício tem que explicar é por que a CUT está sendo tão tolerante em relação ao governo Lula e agia de maneira totalmente diferente no governo do Fernando Henrique [Cardoso]", disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.
A Luiz Marinho e João Felício, a Folha argumentou que, no governo petista, a taxa de desocupação chegou a 20,6%, maior índice desde 1985, e a renda dos trabalhadores recuou 14,6% entre janeiro e setembro, segundo o Dieese. E questionou se, caso outro governo apresentasse esses indicadores, a reação da central não seria mais contundente.
"Não creio que a CUT tenha perdido a contundência. Nossos sindicatos rurais continuam atuando, reivindicando a distribuição de terras, mantivemos posições contrárias ao conteúdo da reforma tributária, fizemos greves", disse Felício.


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