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Central diz que não é "pelega"
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário-geral da CUT, João
Felício, afirmou que a entidade
não é "pelega" (subserviente) do
governo Lula. O comentário foi
feito após ser indagado se a análise do primeiro ano de gestão não
seria mais crítica se outro partido,
que não o PT, estivesse no poder.
"Se vocês procuram pelegos,
não vão encontrar na CUT. Na
Força tem pelego. Aqui, não", disse Felício. O termo pelego se refere à pele de carneiro que alivia o
impacto entre cavaleiro e cavalo,
mas, depois das reformas trabalhistas implementadas por Getúlio Vargas em seu primeiro governo (1930-1945), passou a ser usado para designar sindicalistas que
se dedicam a "amortecer" conflitos entre patrões e empregados.
"O que o João Felício tem que
explicar é por que a CUT está sendo tão tolerante em relação ao governo Lula e agia de maneira totalmente diferente no governo do
Fernando Henrique [Cardoso]",
disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.
A Luiz Marinho e João Felício, a
Folha argumentou que, no governo petista, a taxa de desocupação
chegou a 20,6%, maior índice desde 1985, e a renda dos trabalhadores recuou 14,6% entre janeiro e
setembro, segundo o Dieese. E
questionou se, caso outro governo apresentasse esses indicadores, a reação da central não seria
mais contundente.
"Não creio que a CUT tenha
perdido a contundência. Nossos
sindicatos rurais continuam
atuando, reivindicando a distribuição de terras, mantivemos posições contrárias ao conteúdo da
reforma tributária, fizemos greves", disse Felício.
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