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Tarifa bancária
deve ter novas regras hoje
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O CMN (Conselho Monetário Nacional) deverá
aprovar hoje as novas regras para cobrança de tarifas bancárias. O projeto do
governo previa o congelamento temporário das tarifas cobradas pelos bancos, além de criar um extrato anual com o total pago pelos clientes e padronizar e limitar a quantidade de tarifas existentes.
Essa era a essência da
proposta discutida pelo
governo nos últimos meses com parlamentares,
Ministério Público e representantes das instituições financeiras e dos órgãos de defesa do consumidor.
As mudanças deveriam
ter sido aprovadas na reunião do CMN da semana
passada, mas a falta de
consenso em alguns pontos, até mesmo dentro do
governo, adiou a decisão
para hoje.
O ponto mais polêmico
é o que trata da TLA (Tarifa de Liquidação Antecipada). A idéia do governo é
que a taxa não seja cobrada apenas em duas situações: 1) se a quitação ocorrer até sete dias após a
contratação do empréstimo, dando ao consumidor
o direito de voltar atrás na
operação; e 2) se o pagamento antecipado acontecer num prazo inferior ao
limite que será fixado em
12 ou 24 meses.
A definição desse prazo
gerou grande debate. Segundo a Folha apurou, isso ocorreu porque a avaliação dos técnicos do governo é que o prazo será
decisivo para estimular a
concorrência bancária,
possibilitando que os
clientes quitem antes do
prazo o empréstimo e tomem outro crédito numa
segunda instituição.
Assim, quanto menor
for o custo para os consumidores, mais essa transferência entre bancos poderá ser estimulada. A sugestão do governo é criar
taxas de descontos diferenciadas para quem quiser antecipar o pagamento
de empréstimos com prazos superiores ao estabelecido pelo governo.
Já com relação à TAC
(Tarifa de Abertura de
Crédito), a proposta segue
a linha de transparência
que será adotada com a
padronização dos nomes
dados às tarifas.
Os bancos serão obrigados a informar previamente o custo efetivo total
da operação. Esse custo,
uma taxa percentual
anual, deverá incluir a
TAC, a taxa de juros do
contrato e qualquer outra
cobrança exigida pela instituição financeira. O governo determinará como
será calculado esse custo.
A proposta do governo
prevê também a padronização e a limitação da
quantidade de tarifas cobradas em, no máximo,
25. Atualmente existem
cerca de 80 tarifas.
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