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Bancos têm as marcas mais valiosas do Brasil
JOANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Entre as dez marcas mais poderosas do Brasil atualmente,
prevalecem nomes do setor financeiro, segundo pesquisa da
consultoria Interbrand.
O banco Itaú lidera o ranking, com R$ 8,076 bilhões de
valor de marca -no último levantamento, feito em 2005, valia R$ 1,34 bilhão.
Em seguida vêm o Bradesco,
com R$ 7,922 bilhões, e o Banco do Brasil, com R$ 7,772 bilhões. Em 2005, as três primeiras posições seguiam a mesma
ordem.
Essa é uma tendência no cenário brasileiro. "Os bancos no
Brasil são vencedores em lucratividade e a escolha da marca
importa muito para o cliente,
que quer segurança", diz Alexandre Zogbi, diretor de avaliação de marcas da consultoria.
A pesquisa mede a influência
da marca na lucratividade. Os
critérios para a elaboração do
ranking incluem ter capital majoritariamente brasileiro e ser
listada em Bolsa ou fazer publicação das informações financeiras. Interação com o consumidor final e resultados financeiros também são avaliados.
O valor da marca Itaú chegou
a esse patamar, segundo Antonio Matias, vice-presidente do
banco, por várias razões, como
capacidade de ter bom resultado financeiro, incorporação das
operações do BankBoston às do
Personnalité e sustentabilidade. A expansão internacional
das operações também conta.
Na quarta colocação está a
Petrobras, que subiu duas posições na escala, com R$ 5,738 bilhões, com o alto preço do barril do petróleo. A empresa deixou para trás a Natura e a Skol
-que saiu do ranking por razões de metodologia. Marcas
como Brahma e Antarctica
também saíram.
A novidade na lista deste ano
é a ausência de cervejarias e fabricantes de refrigerantes. A
entrada de capital estrangeiro,
quando passaram a fazer parte
da ImBev, tira as empresas do
páreo pela metodologia da Interbrand, diz Zogbi. "Não é que
as marcas perderam valor."
Outro destaque foi o Unibanco, que subiu do nono para o
quinto lugar, com R$ 4,341 bilhões. "O investimento em cultura aproxima a marca dos consumidores", afirma Zogbi.
A TAM, mesmo depois do
acidente com o vôo 3054, que
vitimou cerca de 200 pessoas
em julho, conseguiu subir do
décimo lugar, em 2005, para o
oitavo, em 2007. Para Zogbi, isso mostra que a valorização da
marca não depende só de lucro.
Não há, no entanto, outras empresas aéreas na lista, e a Gol,
que detinha o oitavo lugar, deixou de fazer parte do ranking.
O setor de siderurgia, que antes não figurava na lista, entrou
com Vale, Gerdau e Usiminas.
Já no ranking das marcas
mais valiosas do mundo, que a
Interbrand também calcula,
não há nenhuma brasileira.
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