São Paulo, quinta-feira, 06 de dezembro de 2007

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Bancos têm as marcas mais valiosas do Brasil

JOANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Entre as dez marcas mais poderosas do Brasil atualmente, prevalecem nomes do setor financeiro, segundo pesquisa da consultoria Interbrand.
O banco Itaú lidera o ranking, com R$ 8,076 bilhões de valor de marca -no último levantamento, feito em 2005, valia R$ 1,34 bilhão.
Em seguida vêm o Bradesco, com R$ 7,922 bilhões, e o Banco do Brasil, com R$ 7,772 bilhões. Em 2005, as três primeiras posições seguiam a mesma ordem.
Essa é uma tendência no cenário brasileiro. "Os bancos no Brasil são vencedores em lucratividade e a escolha da marca importa muito para o cliente, que quer segurança", diz Alexandre Zogbi, diretor de avaliação de marcas da consultoria.
A pesquisa mede a influência da marca na lucratividade. Os critérios para a elaboração do ranking incluem ter capital majoritariamente brasileiro e ser listada em Bolsa ou fazer publicação das informações financeiras. Interação com o consumidor final e resultados financeiros também são avaliados.
O valor da marca Itaú chegou a esse patamar, segundo Antonio Matias, vice-presidente do banco, por várias razões, como capacidade de ter bom resultado financeiro, incorporação das operações do BankBoston às do Personnalité e sustentabilidade. A expansão internacional das operações também conta.
Na quarta colocação está a Petrobras, que subiu duas posições na escala, com R$ 5,738 bilhões, com o alto preço do barril do petróleo. A empresa deixou para trás a Natura e a Skol -que saiu do ranking por razões de metodologia. Marcas como Brahma e Antarctica também saíram.
A novidade na lista deste ano é a ausência de cervejarias e fabricantes de refrigerantes. A entrada de capital estrangeiro, quando passaram a fazer parte da ImBev, tira as empresas do páreo pela metodologia da Interbrand, diz Zogbi. "Não é que as marcas perderam valor."
Outro destaque foi o Unibanco, que subiu do nono para o quinto lugar, com R$ 4,341 bilhões. "O investimento em cultura aproxima a marca dos consumidores", afirma Zogbi.
A TAM, mesmo depois do acidente com o vôo 3054, que vitimou cerca de 200 pessoas em julho, conseguiu subir do décimo lugar, em 2005, para o oitavo, em 2007. Para Zogbi, isso mostra que a valorização da marca não depende só de lucro. Não há, no entanto, outras empresas aéreas na lista, e a Gol, que detinha o oitavo lugar, deixou de fazer parte do ranking.
O setor de siderurgia, que antes não figurava na lista, entrou com Vale, Gerdau e Usiminas.
Já no ranking das marcas mais valiosas do mundo, que a Interbrand também calcula, não há nenhuma brasileira.


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