|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Novembro marca saída recorde de estrangeiros
Bolsa vê saída de R$ 3,37 bi,
mas IPO atrai capital de fora
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda de 3,54% registrada
pela Bolsa em novembro -a
maior desde maio de 2006-
sofreu importante influência
da saída de estrangeiros do pregão. O saldo das operações de
compra e venda de ações feitas
pelos estrangeiros em pregão
ficou negativo em R$ 3,37 bilhões no mês passado, sendo
esse o pior resultado desde o
lançamento do Real, em 1994.
Todavia os resultados dos
IPOs (oferta inicial de ações)
apontam que os estrangeiros
não estão fugindo das ações
brasileiras. Considerando 60
dos IPOs realizados em 2007,
os estrangeiros adquiriram R$
44,05 bilhões, o que representa
75,7% do ofertado. Dessa forma, o saldo da entrada e saída
de capital externo no mercado
acionário está positivo em R$
38,67 bilhões no ano.
O mês de novembro foi especialmente ruim para o mercado
acionário global, com a elevação da aversão ao risco, desencadeada pelos temores e incertezas em relação aos estragos
causados pela crise do setor de
crédito habitacional de alto risco americano -o "subprime".
Mas ao menos nos últimos dez
dias os investidores têm voltado a se animar com o mercado
de ações.
"Os estrangeiros têm visto
uma boa oportunidade de negócios nos IPOs. Esses lançamentos têm sido muito bem
vendidos lá fora, atraindo muito investidor", afirma Pedro
Paulo Silveira, economista da
Gradual Corretora.
Uma coisa que se tem notado
no mercado brasileiro neste
ano é investidores estrangeiros
vendendo ações de companhias
mais tradicionais para comprar
papéis de estreantes.
Um dos casos mais recentes
foi o lançamento das ações da
Bovespa Holding, que teve participação pesada de estrangeiros, que ficaram com 78% dos
R$ 6,62 bilhões ofertados.
Nos pregões, os estrangeiros
têm respondido nos últimos
dois anos por cerca de 35% das
operações, o mais elevado patamar da história.
Texto Anterior: Governo pretende impedir que empresas demitam sem justa causa Próximo Texto: Entrada de dólares continua e reservas somam US$ 179 bi Índice
|