São Paulo, quinta-feira, 06 de dezembro de 2007

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Brasil é 3º com mais empresas competitivas

País tem 13 companhias em lista das cem mais competitivas de países em desenvolvimento; China tem 41, e Índia, 20

Consultoria destaca que, desde 2004, o rendimento das cem empresas cresceu três vezes mais rápido que o das 500 maiores dos EUA

DA FOLHA ONLINE

Treze empresas brasileiras estão na lista das cem companhias mais competitivas dos países em desenvolvimento, segundo ranking elaborado pela consultoria norte-americana Boston Group. O Brasil é o terceiro país em número de representantes, atrás apenas da China, que tem 41 nomes, e da Índia, com 20 empresas.
As empresas nacionais que aparecem na lista são: Vale, Petrobras, Embraer, Gerdau, Votorantim, Braskem, Sadia, Perdigão, Natura, Coteminas (tecidos) e WEG (motores), além de JBS-Friboi (carne) e Marcopolo (carroceria de ônibus), que estréiam no ranking.
Depois do Brasil, os países com mais empresas são México (sete) e Rússia (seis). Da América Latina, aparecem ainda Argentina e Chile, com apenas uma empresa cada um. O ranking lista também companhias da Turquia (três), Tailândia (duas), Malásia (duas), Egito, Hungria, Indonésia e Polônia, todos com uma empresa.
Segundo a Boston Group, que faz o ranking pelo segundo ano consecutivo, "companhias dos países em desenvolvimento têm crescido tão rapidamente que ameaçam líderes da indústria mundial", principalmente da Europa e dos Estados Unidos.
"A indústria precisa conhecer esses novos rivais e agir o mais rápido possível", afirma David Michael, um dos responsáveis pelo estudo intitulado "100 Novos Desafiantes Globais: Como Empresas de Economias em Desenvolvimento estão Mudando o Mundo".
"Para aqueles que se movimentarem rápido, essas empresas podem se tornar grandes clientes, fornecedores e até parceiros estratégicos. Para aqueles que não tomarem alguma atitude, as empresas irão representar uma feroz competição e, com o tempo, transformarem-se em potenciais compradores", continua Michael.
Ao todo, 3.000 empresas foram avaliadas a partir de seus lucros, faturamento, previsão de investimentos e gastos com aquisições.
"Com mais de US$ 1,2 trilhão em rendimentos e mais de US$ 1,5 trilhão em aquisições investido por ano, o crescimentos das empresas é formidável", afirma o relatório, disponível no endereço eletrônico da Boston Group (www.bcg.com).
O documento menciona ainda o crescimento para além das fronteiras regionais. "Em 2006, essas empresas completaram 72 aquisições internacionais, ante 21 realizadas em 2000. Já a média dessas transações foi de US$ 156 milhões, em 2001, para US$ 981 milhões, em 2006."
A consultoria destaca que, desde 2004, o rendimento dessas cem empresas de países em desenvolvimento cresceu três vezes mais rápido que o das 500 maiores companhias dos Estados Unidos, representadas no indicador Standard & Poor's 500, da Bolsa de Valores Nova York.
"Mas as ambições são muito maiores", diz o documento, segundo o qual os rendimentos das empresas chegarão a US$ 3,3 trilhões até 2010 e passarão de US$ 11,8 trilhões em 2015.


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