São Paulo, terça-feira, 07 de janeiro de 2003

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Meirelles pode usar US$ 10 bi em intervenção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O novo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, poderá gastar aproximadamente US$ 10 bilhões em intervenções no mercado de câmbio. O valor equivale ao montante que o BC pode gastar sem que seja desrespeitado o limite imposto pelo acordo fechado com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O acordo com o FMI determina que o Brasil mantenha um saldo mínimo de US$ 5 bilhões nas suas reservas em moeda estrangeira -de onde saem os dólares vendidos nas intervenções. Esse valor não inclui o dinheiro já emprestado pelo próprio FMI, que chega a cerca de US$ 23 bilhões.
No início do ano, as reservas brutas totalizavam US$ 37,6 bilhões. Descontado o empréstimo do FMI, esse número cai para um pouco menos de US$ 15 bilhões.
O BC vende dólares no mercado sempre que quer tentar conter a desvalorização do real. Além das vendas diretas, também são feitos leilões de linha externa, onde os bancos compram uma determinada quantidade de dólares para, depois de determinado período, revender a moeda ao próprio BC.
Nas contas do BC, as reservas internacionais -descontado o dinheiro do FMI- devem chegar a US$ 14 bilhões até o final deste ano. Além de serem utilizados nas intervenções, os dólares das reservas são usados também no pagamento de parcelas da dívida externa.
Hoje, na sede do BC, em Brasília, acontece a cerimônia em que o agora ex-presidente do BC Armínio Fraga transmitirá o cargo para Meirelles. Foram convidadas mais de mil pessoas.


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