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O DIRIGENTE
Privatização dessas empresas deve ser em 99
Lafer prioriza setor de saneamento
da Sucursal de Brasília
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
Celso Lafer, disse que será o
responsável pela condução do
programa de privatização e que
dará prioridade à venda das
empresas de saneamento de
Estados e municípios.
A tarefa foi dada ao ministério que substitui o MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo) depois
da incorporação à sua estrutura do BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do Programa Nacional de Desestatização.
Neste ano, o governo deve
prosseguir no processo de venda das empresas dos setores de
energia elétrica e de telecomunicações (neste caso, das chamadas "empresas-espelho").
"Esse é um tema da política
industrial como um todo. É
uma tarefa que eu terei de executar", afirmou Lafer, depois
de almoçar com o senador Fernando Bezerra (PMDB-RN),
presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
De acordo com o ministro, a
privatização do setor de saneamento não será uma tarefa
"singela". Ele explicou que o
trabalho deverá ser compartilhado com os Estados e os municípios, que são os proprietários das empresas.
Esse trabalho possivelmente
será coordenado por uma
agência. Depende, entretanto,
da aprovação de projeto de lei
pelo Congresso Nacional. "Esse
é um tema importante porque
diz respeito à área de saúde,
significa investimento e geração de emprego e não redunda
em aumento de importação."
Até a tarde de ontem, Lafer
não havia decidido sobre a permanência de José Pio Borges na
presidência do BNDES. Disse
que discute com o presidente
Fernando Henrique Cardoso
indicações para o BNDES, a secretaria-executiva do ministério e as outras três secretarias.
Conforme afirmou, a definição deverá ocorrer ao longo da
próxima semana. "O presidente (FHC) tem a clareza de que a
equipe do ministério deve ser
afinada com o seu ministro."
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