São Paulo, quinta, 7 de janeiro de 1999

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O DIRIGENTE
Privatização dessas empresas deve ser em 99
Lafer prioriza setor de saneamento

da Sucursal de Brasília

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Celso Lafer, disse que será o responsável pela condução do programa de privatização e que dará prioridade à venda das empresas de saneamento de Estados e municípios.
A tarefa foi dada ao ministério que substitui o MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo) depois da incorporação à sua estrutura do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do Programa Nacional de Desestatização.
Neste ano, o governo deve prosseguir no processo de venda das empresas dos setores de energia elétrica e de telecomunicações (neste caso, das chamadas "empresas-espelho").
"Esse é um tema da política industrial como um todo. É uma tarefa que eu terei de executar", afirmou Lafer, depois de almoçar com o senador Fernando Bezerra (PMDB-RN), presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
De acordo com o ministro, a privatização do setor de saneamento não será uma tarefa "singela". Ele explicou que o trabalho deverá ser compartilhado com os Estados e os municípios, que são os proprietários das empresas.
Esse trabalho possivelmente será coordenado por uma agência. Depende, entretanto, da aprovação de projeto de lei pelo Congresso Nacional. "Esse é um tema importante porque diz respeito à área de saúde, significa investimento e geração de emprego e não redunda em aumento de importação."
Até a tarde de ontem, Lafer não havia decidido sobre a permanência de José Pio Borges na presidência do BNDES. Disse que discute com o presidente Fernando Henrique Cardoso indicações para o BNDES, a secretaria-executiva do ministério e as outras três secretarias.
Conforme afirmou, a definição deverá ocorrer ao longo da próxima semana. "O presidente (FHC) tem a clareza de que a equipe do ministério deve ser afinada com o seu ministro."



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