São Paulo, sábado, 07 de fevereiro de 2004

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Dinheiro vinha "em contêineres", diz ex-funcionário

DA REPORTAGEM LOCAL

Em depoimento a portas fechadas, o ex-funcionário da Parmalat por 11 anos Adelson Pugliese disse ontem à Justiça que a empresa recebia dinheiro da matriz na Itália "em contêineres". Ele não apresentou provas.
Gerente operacional da empresa no início dos anos 90, Pugliese disse que a sede na Itália enviava mercadorias em navios para o Brasil e, logo abaixo dos produtos, "existiam malotes de dinheiro", segundo consta em seu depoimento.
Pugliese foi intimado a depor pelo juiz da 42ª Vara Cível, Carlos Henrique Abrão, por conta de uma denúncia que ele mesmo encaminhou à Justiça, como a Folha antecipou.
Nessa denúncia, ele informa, com base em documento da Receita Federal, que a Parmalat teria enviado ao fisco declarações de renda falsas em seu nome. A empresa nega a informação, e a Polícia Federal ainda está analisando o caso para verificar a veracidade.
O ex-funcionário chegou a trabalhar na área de vendas da empresa em Guarulhos, mas, antes de atuar nessa área, trabalhou como motorista da direção do grupo nos anos 80. Ele entrou na Parmalat em 1979.
Durante o depoimento, ele apresentou suas declarações de Imposto de Renda.
A companhia informa que não conhece o caso do ex-funcionário. (AM)


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