|
Texto Anterior | Índice
Dinheiro vinha
"em contêineres",
diz ex-funcionário
DA REPORTAGEM LOCAL
Em depoimento a portas fechadas, o ex-funcionário da
Parmalat por 11 anos Adelson
Pugliese disse ontem à Justiça
que a empresa recebia dinheiro
da matriz na Itália "em contêineres". Ele não apresentou
provas.
Gerente operacional da empresa no início dos anos 90, Pugliese disse que a sede na Itália
enviava mercadorias em navios para o Brasil e, logo abaixo
dos produtos, "existiam malotes de dinheiro", segundo consta em seu depoimento.
Pugliese foi intimado a depor
pelo juiz da 42ª Vara Cível, Carlos Henrique Abrão, por conta
de uma denúncia que ele mesmo encaminhou à Justiça, como a Folha antecipou.
Nessa denúncia, ele informa,
com base em documento da
Receita Federal, que a Parmalat
teria enviado ao fisco declarações de renda falsas em seu nome. A empresa nega a informação, e a Polícia Federal ainda
está analisando o caso para verificar a veracidade.
O ex-funcionário chegou a
trabalhar na área de vendas da
empresa em Guarulhos, mas,
antes de atuar nessa área, trabalhou como motorista da direção do grupo nos anos 80. Ele
entrou na Parmalat em 1979.
Durante o depoimento, ele
apresentou suas declarações de
Imposto de Renda.
A companhia informa que
não conhece o caso do ex-funcionário.
(AM)
Texto Anterior: Leite derramado: Parmalat não deve ter ajuda da matriz Índice
|