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Morre Illy, pioneiro da qualidade do café do país
Investimento no Brasil está mantido, diz empresa
GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO
A torrefadora Illycaffè, de
Trieste, Itália, comunicou ontem a morte de Ernesto Illy, 82,
presidente honorário da companhia, dona de uma das marcas mundiais mais conhecidas
de café expresso.
Fundada em 1933, a indústria negocia seus produtos com
140 países. Estima que 6 milhões de xícaras com expresso
Illy sejam servidas em 50 mil
restaurantes e cafeterias. Sucessor do pai, Francesco, Ernesto Illy dirigiu a empresa de
1963 a 2005, quando passou a
direção ao filho Andrea.
A Illycaffè faturou 246 milhões no ano fiscal encerrado
em março de 2007. A previsão
é de fechar os 12 meses que se
terminam no próximo mês em
280 milhões. Nesta década, a
empresa investiu na rede de cafeterias Espressamente, que
conta com 150 lojas em 22 países. A primeira no Brasil será
inaugurada com o Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.
A capacidade de processamento da torrefadora italiana
soma 30 mil toneladas. A matéria-prima vem de 13 países
-metade, do Brasil.
No país, a empresa organiza
desde 1991 o "Prêmio de Qualidade do Café para Espresso". A
próxima edição vai distribuir
pouco mais de US$ 100 mil.
"A história da melhoria do café do Brasil pode ser dividida
entre antes e depois do primeiro concurso da Illycaffè", diz
Gilson Ximenes, presidente do
CNC (Conselho Nacional do
Café), entidade que reúne agricultores e cooperativas.
"Illy embasou a qualidade
além da questão econômica.
Deu consistência técnica ao
apresentar padrões para o tema", afirma Guilherme Braga,
diretor geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café
do Brasil). Formado em química pela Universidade de Bolonha, Ernesto Illy presidiu o Instituto para a Informação Científica sobre Café e o Comitê de
Promoção da OIC (Organização Internacional do Café).
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