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DISPUTA
Atanasof descarta redolarização
Governo argentino tenta tranquilizar devedores
DE BUENOS AIRES
O governo argentino iniciou
ontem uma operação para acalmar os devedores do país. Anteontem, a Suprema Corte decretou a inconstitucionalidade da pesificação, medida que havia convertido dívidas e depósitos de dólares para pesos. Os devedores
protestaram, receosos de que a
decisão significaria que teriam
que pagar as dívidas pesificadas
com a cotação do dólar atual.
O chefe do Gabinete de Ministros, Alfredo Atanasof, disse que a
decisão da Justiça "não afeta e não
afetará os milhares de devedores
que se sentiram ameaçados pela
possibilidade [de que a decisão se
estenda também às dívidas]".
Atanasof negou também que a
decisão leve à redolarização da
economia argentina. Segundo a
interpretação do governo, a decisão é relativa apenas a um caso
-um processo da Província de
San Luis contra o Banco Nación.
Os juizes da Suprema Corte deram um prazo de 60 dias para que
o banco e o governo de San Luis
cheguem a um acordo para a devolução de um depósito de US$
247 milhões. Caso não haja um
acordo neste período, a Corte voltará a se reunir para determinar
um prazo e forma de pagamento.
O presidente da Suprema Corte,
Julio Nazareno, disse que a decisão foi "equilibrada". O governo
tentou evitá-la até o último minuto, já que a avaliação é que a redolarização pode desestabilizar o
sistema financeiro. Após a decisão, o governo mudou de estratégia: afirmou que é uma decisão
isolada e que há um prazo razoável para um acordo.
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