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São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2003

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Produtividade bate recorde nos EUA

DA REDAÇÃO

A produtividade do trabalhador norte-americano cresceu, no ano passado, no ritmo mais intenso desde 1950. Para enfrentar a retração econômica, as empresas cortaram vagas de maneira acentuada, e os funcionários que foram mantidos tiveram que trabalhar mais para compensar a ausência dos colegas demitidos.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, a produtividade cresceu 4,8% em 2002 na comparação com o ano anterior. No quarto trimestre, o aumento ficou em 0,8%.
"Com ganhos em produtividade nessas proporções, não é de estranhar que as contratações estejam tão fracas", disse Joel Naroff, da consultoria Naroff Economic Advisors.
Nos últimos dois anos, a economia norte-americana fechou 2 milhões de postos de trabalho. Os anos de boom produziram um excesso de capacidade de produção nas empresas, que precisou ser ajustado em consequência do resfriamento da demanda.
A taxa de desemprego dos EUA, que estava em torno de 4% em 2000, está hoje perto de 6%. O país passa por uma lenta e instável retomada, depois da recessão de 2001, e as companhias não voltaram a investir de maneira significativa. Pesa também a perspectiva de guerra -o clima entre os executivos é de "esperar para ver".
Num sinal de que o mercado de trabalho segue fraco, o número de pedidos de seguro-desemprego voltou a subir e atingiu o maior nível do ano. Segundo o Departamento de Trabalho, 430 mil demitidos deram entrada no processo de solicitação do benefício na semana passada (12 mil mais que na semana anterior).
A média dos pedidos feitos nas últimas quatro semanas, vista como um indicador menos volátil, subiu de 400 mil para 408,75 mil. Para os analistas, números acima de 400 mil indicam retração do mercado de trabalho.

Mais encomendas
Já as encomendas às fábricas norte-americanas registraram uma alta de 2,1% em janeiro, o melhor resultado em seis meses. Em dezembro, havia ocorrido um modesto ganho de 0,3%, de acordo com números corrigidos do Departamento de Comércio.
Os pedidos de veículos, com um salto de 14,6% (o maior em quatro anos), puxaram o indicador. Os bens duráveis tiveram um aumento de 2,9%.
Ainda que os números pareçam positivos, dados divulgados na semana passada mostram que a atividade industrial perdeu fôlego no mês passado. De acordo com o ISM (Instituto de Gerenciamento de Fornecimento, na sigla em inglês), o setor permaneceu praticamente estagnado em fevereiro.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York encerrou o dia em queda de 1,3% e tocou o novo patamar de baixa dos últimos cinco meses -7.674 pontos.


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