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Produtividade bate recorde nos EUA
DA REDAÇÃO
A produtividade do trabalhador norte-americano cresceu, no
ano passado, no ritmo mais intenso desde 1950. Para enfrentar a retração econômica, as empresas
cortaram vagas de maneira acentuada, e os funcionários que foram mantidos tiveram que trabalhar mais para compensar a ausência dos colegas demitidos.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, a produtividade cresceu 4,8%
em 2002 na comparação com o
ano anterior. No quarto trimestre,
o aumento ficou em 0,8%.
"Com ganhos em produtividade nessas proporções, não é de estranhar que as contratações estejam tão fracas", disse Joel Naroff,
da consultoria Naroff Economic
Advisors.
Nos últimos dois anos, a economia norte-americana fechou 2
milhões de postos de trabalho. Os
anos de boom produziram um
excesso de capacidade de produção nas empresas, que precisou
ser ajustado em consequência do
resfriamento da demanda.
A taxa de desemprego dos EUA,
que estava em torno de 4% em
2000, está hoje perto de 6%. O país
passa por uma lenta e instável retomada, depois da recessão de
2001, e as companhias não voltaram a investir de maneira significativa. Pesa também a perspectiva
de guerra -o clima entre os executivos é de "esperar para ver".
Num sinal de que o mercado de
trabalho segue fraco, o número de
pedidos de seguro-desemprego
voltou a subir e atingiu o maior
nível do ano. Segundo o Departamento de Trabalho, 430 mil demitidos deram entrada no processo
de solicitação do benefício na semana passada (12 mil mais que na
semana anterior).
A média dos pedidos feitos nas
últimas quatro semanas, vista como um indicador menos volátil,
subiu de 400 mil para 408,75 mil.
Para os analistas, números acima
de 400 mil indicam retração do
mercado de trabalho.
Mais encomendas
Já as encomendas às fábricas
norte-americanas registraram
uma alta de 2,1% em janeiro, o
melhor resultado em seis meses.
Em dezembro, havia ocorrido um
modesto ganho de 0,3%, de acordo com números corrigidos do
Departamento de Comércio.
Os pedidos de veículos, com um
salto de 14,6% (o maior em quatro
anos), puxaram o indicador. Os
bens duráveis tiveram um aumento de 2,9%.
Ainda que os números pareçam
positivos, dados divulgados na semana passada mostram que a atividade industrial perdeu fôlego
no mês passado. De acordo com o
ISM (Instituto de Gerenciamento
de Fornecimento, na sigla em inglês), o setor permaneceu praticamente estagnado em fevereiro.
O índice Dow Jones da Bolsa de
Nova York encerrou o dia em
queda de 1,3% e tocou o novo patamar de baixa dos últimos cinco
meses -7.674 pontos.
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