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Proposta de mudança está com a Anatel
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No último dia 13, o Ministério das Comunicações recomendou à Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) mudanças no PGO (Plano Geral
de Outorgas) que permitam que uma concessionária de telefonia fixa possa
comprar outra. Se aprovada, a mudança permite a
compra da Brasil Telecom
pela Oi (ex-Telemar).
O PGO é definido por
meio de decreto do presidente da República e divide o país em áreas de prestação de serviço de telefonia fixa. Cada área foi comprada por uma empresa na
privatização, em 1998. Segundo seu texto atual, uma
mesma empresa não pode
oferecer o serviço de telefonia fixa em duas áreas
diferentes.
O ministério recomendou ainda que a Anatel faça uma revisão de todos os
seus atos normativos que
impeçam a "consolidação
da operação de múltiplos
serviços, viabilizando a
plena integração de diferentes infra-estruturas de
rede e a convergência digital em voz, vídeo e dados".
A ação do ministério foi
provocada por uma carta
enviada pelas próprias
empresas à Anatel propondo as mudanças. A carta foi enviada pela Abrafix
(Associação Brasileira das
Concessionárias de Telefonia Fixa Comutada), entidade da qual são sócias,
entre outras, Oi, Brasil Telecom e Telefônica.
Na carta, as empresas
pediam, além da alteração
do PGO, liberdade para
transmissão de conteúdo
audiovisual. As teles querem permissão para oferecer TV a cabo, o que hoje é
proibido pela Lei do Cabo
(lei 8.977/95). Essa medida, no entanto, não está
sendo analisada pelo governo no momento.
O governo entendeu que
a liberdade para transmissão de conteúdo audiovisual já está sendo debatida
no Congresso, onde as discussões deverão continuar. No documento à
Anatel, porém, o governo
promete analisar a questão em outro momento.
Apesar de poder ser feita por meio de decreto, a
mudança que permite a
compra da Brasil Telecom
pela Oi tem que passar pela análise da Anatel.
Isso porque, de acordo
com a Lei Geral de Telecomunicações, cabe à agência reguladora propor a
mudança.
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