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MERCOSUL
Meta é chegar a união aduaneira
Países traçam bases
para "relançar" bloco
VANESSA ADACHI
de Buenos Aires
Os quatro integrantes do Mercosul -Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai- estabeleceram
as bases para o "relançamento"
do bloco durante uma rodada de
negociações em Buenos Aires nos
últimos dias. O "relançamento"
pretende representar o retorno de
avanços no Mercosul, após quase
dois anos de estagnação.
Representantes dos quatro países assinaram um documento em
que todos reafirmam o objetivo
de chegar a uma união aduaneira
perfeita. Ou seja, com regras de
comércio exterior unificadas.
Com isso, ficaram definitivamente enterrados recentes comentários do ministro da Economia argentino, José Luis Machinea, sugerindo que, se os problemas do bloco não se resolvessem,
seria o caso de regredir no processo e se limitar a uma zona de livre
comércio -que apenas elimina
as barreiras comerciais dentro do
bloco. A união aduaneira prevê
uma política comercial externa
(fora do bloco) comum.
No sentido de consolidar o bloco, os quatro países traçaram uma
agenda, que está sendo chamada
de "núcleo duro" do bloco. Ou seja, contém os assuntos fundamentais para avançar.
Esses temas não são novos, já
estavam pendentes na agenda do
bloco. Segundo o embaixador do
Brasil para o Mercosul, José Botafogo Gonçalves, assuntos que antes eram tratados apenas tecnicamente serão alçados à responsabilidade direta dos coordenadores. O embaixador é o coordenador brasileiro.
A primeira reunião dos coordenadores em cima dessa agenda está marcada para a primeira quinzena de maio.
Acordo automotivo
Ontem, pela primeira vez depois que Argentina e Brasil fecharam um acordo automotivo bilateral, Uruguai e Paraguai se juntaram à mesa de negociação. Falta a
adesão desses dois sócios menores do bloco para que o regime seja comum a todo o Mercosul.
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