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MERCADO FINANCEIRO
Moeda norte-americana fecha vendida a R$ 2,462; Bolsa de SP se recupera e sobe 3% em maio
Dólar já acumula queda de 7,23% no ano
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central não apareceu
no mercado de câmbio, e o dólar
desceu ainda mais. Durante a semana, a moeda americana perdeu
mais 2,65% de seu valor diante do
real. No fim das operações de ontem, US$ 1 valia R$ 2,462, a menor
cotação em três anos. No ano, a
queda é de 7,23%.
O dólar chegou a subir um pouco na manhã de ontem, para os
R$ 2,472. Nesse momento, surgiram rumores de que o Banco do
Brasil estaria fazendo compras de
moeda em nome do BC, como
forma de dar um pouco de fôlego
ao dólar. Mas a moeda americana
voltou a recuar no fim da tarde,
para fechar com pequena baixa de
0,12%.
No mercado acionário, a semana foi marcada por recuperação,
após as perdas de 6,64% registradas pela Bovespa em abril. O Ibovespa, principal índice da Bolsa,
registrou valorização de 3% na
primeira semana do mês. Das 55
ações que formam o Ibovespa, 39
subiram na semana.
O destaque ficou com a ação
ON (ordinária) da Light, que disparou 17,88% no período. Investidores voltaram a comprar ações
de elétricas após a ministra Dilma
Rousseff (Minas e Energia) descartar a hipótese de renegociação
dos contratos das distribuidoras
de energia.
Mesmo com o dólar fraco, a
ação PN da Companhia Siderúrgica Tubarão subiu expressivamente (16,34%) na semana.
Pouco dinheiro
Apesar da aparente recuperação
da Bolsa de Valores neste começo
de mês, o volume negociado não
tem sido muito forte. Ontem, o
pregão movimentou apenas R$
970 milhões. O volume médio
diário negociado em 2005 é de R$
1,63 bilhão.
A saída de investidores estrangeiros do mercado acionário, que
tem se mostrado insistente desde
março, tirou forças da Bolsa paulista. Em abril, o saldo de compras
e vendas de ações na Bovespa
com capital externo ficou negativo em R$ 1,9 bilhão. Nos três primeiros dias de maio, esse saldo
está negativo em R$ 100 milhões.
A volta dos investidores estrangeiros poderia dar novo ânimo à
Bolsa. Com a expectativa de que o
Fed (banco central dos Estados
Unidos) não vai dar nenhum choque nos juros nesse momento, há
a possibilidade de o estrangeiro
retomar as compras de ações no
mercado local.
(FABRICIO VIEIRA)
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