São Paulo, sábado, 07 de maio de 2005

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda norte-americana fecha vendida a R$ 2,462; Bolsa de SP se recupera e sobe 3% em maio

Dólar já acumula queda de 7,23% no ano

DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central não apareceu no mercado de câmbio, e o dólar desceu ainda mais. Durante a semana, a moeda americana perdeu mais 2,65% de seu valor diante do real. No fim das operações de ontem, US$ 1 valia R$ 2,462, a menor cotação em três anos. No ano, a queda é de 7,23%.
O dólar chegou a subir um pouco na manhã de ontem, para os R$ 2,472. Nesse momento, surgiram rumores de que o Banco do Brasil estaria fazendo compras de moeda em nome do BC, como forma de dar um pouco de fôlego ao dólar. Mas a moeda americana voltou a recuar no fim da tarde, para fechar com pequena baixa de 0,12%.
No mercado acionário, a semana foi marcada por recuperação, após as perdas de 6,64% registradas pela Bovespa em abril. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, registrou valorização de 3% na primeira semana do mês. Das 55 ações que formam o Ibovespa, 39 subiram na semana.
O destaque ficou com a ação ON (ordinária) da Light, que disparou 17,88% no período. Investidores voltaram a comprar ações de elétricas após a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) descartar a hipótese de renegociação dos contratos das distribuidoras de energia.
Mesmo com o dólar fraco, a ação PN da Companhia Siderúrgica Tubarão subiu expressivamente (16,34%) na semana.

Pouco dinheiro
Apesar da aparente recuperação da Bolsa de Valores neste começo de mês, o volume negociado não tem sido muito forte. Ontem, o pregão movimentou apenas R$ 970 milhões. O volume médio diário negociado em 2005 é de R$ 1,63 bilhão.
A saída de investidores estrangeiros do mercado acionário, que tem se mostrado insistente desde março, tirou forças da Bolsa paulista. Em abril, o saldo de compras e vendas de ações na Bovespa com capital externo ficou negativo em R$ 1,9 bilhão. Nos três primeiros dias de maio, esse saldo está negativo em R$ 100 milhões.
A volta dos investidores estrangeiros poderia dar novo ânimo à Bolsa. Com a expectativa de que o Fed (banco central dos Estados Unidos) não vai dar nenhum choque nos juros nesse momento, há a possibilidade de o estrangeiro retomar as compras de ações no mercado local.
(FABRICIO VIEIRA)


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