São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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Meirelles defende ação do BC no dólar

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que a atuação no mercado de câmbio realizada anteontem equilibrou a posição da instituição no mercado futuro. A intervenção do BC foi feita quando o dólar bateu em R$ 2,10. A operação acabou resultando numa alta na cotação da moeda, que encerrou a terça cotada a R$ 2,148.
"Fizemos algumas compras, finalmente a de ontem [terça-feira], e o BC zerou sua posição no mercado futuro. Isso mostra uma mudança da posição dos fluxos [cambiais] que permitiu ao BC equilibrar sua posição", disse Meirelles, por meio de teleconferência, em um fórum sobre economia promovido pela Fiergs (federação estadual da indústria).
Conforme a Folha antecipou ontem, no início de junho vencem contratos assumidos pelo BC, no auge da crise, por meio dos quais o banco terá de vender US$ 3,3 bilhões. Como o valor que terá de ser entregue em junho praticamente equivale ao adquirido nos contratos negociados na terça (US$ 3,7 bilhões), o BC estaria apenas zerando sua posição no mercado futuro.
Para o presidente do BC, a operação é um indicativo de que a situação da economia do país é mais favorável do que a de outros países. "O Brasil é um dos poucos países do mundo que estão tendo esse tipo de possibilidade", disse. Na palestra, Meirelles fez uma retrospectiva da crise global e das medidas adotadas pelo governo.
Segundo Meirelles, a redução dos juros poderá levar a problemas como uma corrida à caderneta de poupança em razão da queda de rentabilidade dos fundos de investimento. "Quando os juros começam a cair, começam-se a enfrentar problemas de uma sociedade estruturada para operar com juros mais altos."


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