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Meirelles defende ação
do BC no dólar
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM PORTO ALEGRE
O presidente do BC,
Henrique Meirelles, disse
que a atuação no mercado
de câmbio realizada anteontem equilibrou a posição da instituição no mercado futuro. A intervenção
do BC foi feita quando o
dólar bateu em R$ 2,10. A
operação acabou resultando numa alta na cotação da
moeda, que encerrou a
terça cotada a R$ 2,148.
"Fizemos algumas compras, finalmente a de ontem [terça-feira], e o BC
zerou sua posição no mercado futuro. Isso mostra
uma mudança da posição
dos fluxos [cambiais] que
permitiu ao BC equilibrar
sua posição", disse Meirelles, por meio de teleconferência, em um fórum sobre economia promovido
pela Fiergs (federação estadual da indústria).
Conforme a Folha antecipou ontem, no início de
junho vencem contratos
assumidos pelo BC, no auge da crise, por meio dos
quais o banco terá de vender US$ 3,3 bilhões. Como
o valor que terá de ser entregue em junho praticamente equivale ao adquirido nos contratos negociados na terça (US$ 3,7
bilhões), o BC estaria apenas zerando sua posição
no mercado futuro.
Para o presidente do
BC, a operação é um indicativo de que a situação da
economia do país é mais
favorável do que a de outros países. "O Brasil é um
dos poucos países do
mundo que estão tendo
esse tipo de possibilidade", disse. Na palestra,
Meirelles fez uma retrospectiva da crise global e
das medidas adotadas pelo
governo.
Segundo Meirelles, a redução dos juros poderá levar a problemas como
uma corrida à caderneta
de poupança em razão da
queda de rentabilidade
dos fundos de investimento. "Quando os juros começam a cair, começam-se a enfrentar problemas
de uma sociedade estruturada para operar com juros mais altos."
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