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Captação da previdência privada sobe 20%
Aumento em março se deve aos sinais de recuperação do mercado financeiro e à queda dos juros básicos
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fundos de previdência privada brasileiros registraram,
em março, o maior volume de
captações para o mês na história: R$ 2,97 bilhões. O valor significa uma alta de 20,51% ante
o mesmo período de 2008.
Segundo Renato Russo, vice-presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), crises econômicas não costumam ter
muito impacto sobre esse tipo
de aplicação porque manter os
depósitos para assegurar a
tranquilidade na aposentadoria acaba se tornando uma prioridade para os investidores.
"Além disso, ao postergar o saque, o ganho é maior, pois o regime fiscal estimula a poupança de longo prazo. O cliente só
recorre aos recursos em caso de
emergência mesmo."
Neste começo de ano, as captações estão aumentando, diz
Russo, à medida que surgem sinais de recuperação do mercado financeiro, os quais animam
os investidores.
Em tempos de queda da taxa
básica de juros do país -desde
dezembro, a Selic foi reduzida
em 3,5 pontos percentuais-, as
diferenças na cobrança do Imposto de Renda também favorecem a previdência privada.
No caso do PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), é
possível descontar do imposto
o valor das contribuições até o
limite de 12% da renda tributável. Daí os picos na sua arrecadação todo dezembro, por causa da declaração que será feita
no início do ano seguinte.
Já o VGBL (Vida Gerador de
Benefício Livre) não permite o
desconto, mas só tributa os
rendimentos no saque, enquanto o outro impõe a alíquota -a qual depende do tempo
pelo qual o dinheiro ficou aplicado- sobre o total.
No caso de alguns fundos de
investimento comuns, a cobrança do Imposto de Renda é
feita duas vezes ao ano. Por isso, acaba tendo impacto sobre
os ganhos.
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