São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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INDÚSTRIA

Receita do setor de máquinas sobe, mas nível segue baixo

VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O faturamento das indústrias de máquinas e equipamentos cresceu 30% em março ante fevereiro. Apesar do crescimento, empresários reclamam que os bancos não normalizaram o crédito para investimentos e que falta uma política de desoneração que incentive a produção de máquinas. No trimestre, a queda da receita foi de 20%.
Para a Abimaq (associação de máquinas e equipamentos), é precipitado dizer que as indústrias retomaram os investimentos e ampliaram as compras de máquinas.
Os dados do IBGE confirmam que os fabricantes de bens de capital são um dos mais afetados pela retração industrial, com queda de 20,8% na produção nos primeiros três meses do ano.
"Só saberemos se o fundo do poço já passou depois que tivermos os resultados de abril e maio. É cedo para dizer isso porque o crescimento de 30% em março ante fevereiro ocorre sobre base de faturamento muito pequena", disse o presidente da associação, Luiz Aubert Neto.
Segundo ele, o faturamento da categoria está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2006, quando as empresas reuniam 210 mil funcionários. Hoje há 240 mil empregados no setor.
"Se continuarmos reduzindo o faturamento, vamos ter que demitir mais 30 mil pessoas. Com 15 mil já despedidas, os cortes podem chegar a 50 mil", afirma ele.
A balança comercial das indústrias também piorou. As exportações do segmento caíram 24,5% no primeiro trimestre e as importações avançaram 3,6%. A associação criticou a ausência de proteção da indústria nacional em meio à crise.


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