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INDÚSTRIA
Receita do setor de máquinas sobe, mas nível segue baixo
VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O faturamento das indústrias de máquinas e equipamentos cresceu 30% em
março ante fevereiro. Apesar
do crescimento, empresários
reclamam que os bancos não
normalizaram o crédito para
investimentos e que falta
uma política de desoneração
que incentive a produção de
máquinas. No trimestre, a
queda da receita foi de 20%.
Para a Abimaq (associação
de máquinas e equipamentos), é precipitado dizer que
as indústrias retomaram os
investimentos e ampliaram
as compras de máquinas.
Os dados do IBGE confirmam que os fabricantes de
bens de capital são um dos
mais afetados pela retração
industrial, com queda de
20,8% na produção nos primeiros três meses do ano.
"Só saberemos se o fundo
do poço já passou depois que
tivermos os resultados de
abril e maio. É cedo para dizer isso porque o crescimento de 30% em março ante fevereiro ocorre sobre base de
faturamento muito pequena", disse o presidente da associação, Luiz Aubert Neto.
Segundo ele, o faturamento da categoria está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2006, quando as
empresas reuniam 210 mil
funcionários. Hoje há 240
mil empregados no setor.
"Se continuarmos reduzindo o faturamento, vamos
ter que demitir mais 30 mil
pessoas. Com 15 mil já despedidas, os cortes podem
chegar a 50 mil", afirma ele.
A balança comercial das
indústrias também piorou.
As exportações do segmento
caíram 24,5% no primeiro
trimestre e as importações
avançaram 3,6%. A associação criticou a ausência de
proteção da indústria nacional em meio à crise.
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