São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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Consumidor prevê gastar menos no Dia das Mães

Venda de produtos da linha branca deve crescer até 50%

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

Cautelosos com os desdobramentos da crise, 32,9% dos consumidores pretendem gastar menos, ante o ano anterior, com o presente do Dia das Mães, a data mais importante para o comércio após o Natal. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, essa era a intenção de 28% deles em 2008.
Já a parcela dos que afirmaram que vão gastar mais caiu de 14% para 9,7%. A tendência à contenção de despesas é mais acentuada entre os consumidores de menor poder aquisitivo, de acordo com a economista da FGV Viviane Bittencourt.
Levantamento da Serasa aponta na mesma direção, com 32% dos empresários prevendo redução no faturamento. Redes de maior porte são as mais otimistas, com esse número não passando dos 14%. "Os grandes varejistas têm a vantagem de ter uma financeira, conseguindo vender produtos de forma mais convidativa", diz o gerente da empresa Luiz Rabi.
As roupas continuam sendo o presente mais lembrado, segundo a FGV, mas eletrodomésticos e eletroeletrônicos ampliaram a preferência, sendo citados por 12% dos entrevistados ante 10,8% em 2008. Essa é uma das apostas dos varejistas depois da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de itens da linha branca no mês passado.
No Carrefour, a previsão de crescimento é superior a 30% na venda desses produtos, que incluem geladeira, fogão e máquina de lavar, em relação a igual período no ano passado. O Wal-Mart já contabilizou até agora vendas 50% superiores às de 2008, e a estimativa é manter esse crescimento.
No Grupo Pão de Açúcar, o incremento, que está em 20% desde a diminuição do IPI, deve chegar a 40%, com parcelamento em até 15 vezes sem juros. Para Sylvia Leão, diretora-executiva do Extra, um dos diferenciais das grandes redes é oferecer um amplo sortimento aos clientes, "tendo desde flores a uma TV de plasma".
O faturamento dos shopping centers também deve apresentar incremento. Projeção da Alshop (lojistas) é de aumento de 6%, enquanto a Abrasce (empreendedores e fornecedores) espera crescer o dobro.
No comércio eletrônico, segundo a e-bit, a data vai movimentar de 25 de abril até sábado cerca de R$ 450 milhões -20% a mais do que em 2008.


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