da Sucursal de Brasília

O Banco Central decidiu ontem reduzir o recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo de 30% para 25%. A decisão deverá permitir o aumento de R$ 4,5 bilhões nos recursos disponíveis no sistema financeiro e aumenta a expectativa de elevação da oferta de crédito.
A circular será publicada hoje, mas terá efeito a partir do período de 10 a 14 de maio.
Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, a decisão de reduzir o compulsório não significa que o Copom (Comitê de Política Monetária) deva descartar nova queda na taxa de juros básicos da economia em sua próxima reunião, que ocorrerá em 19 de maio.
"Temos vários instrumentos, que podem ser usados conforme a situação. A gente não vai atuar exclusivamente na taxa de juros nem nos compulsórios", afirmou ele.
O compulsório corresponde à fatia do total depositado a prazo no sistema financeiro -como as aplicações em CDBs- que fica retida no Banco Central. Trata-se um mecanismo que permite segurar ou afrouxar a quantidade de recursos disponíveis no sistema para a concessão de empréstimos.
Em fevereiro, por exemplo, o BC decidiu elevar esse depósito compulsório de 20% para 25% e, em seguida, para 30%. Ou seja, tendeu a enxugar o volume de dinheiro.
Segundo Figueiredo, a decisão de aumentar a quantidade de dinheiro disponível na economia por meio da redução do compulsório foi decidida depois da avaliação de que a economia segue um "caminho mais linear".
"Saímos de uma situação de extrema turbulência para um processo de maior estabilidade nos mercados. A queda nas taxas de inflação, em relação ao que era esperado, e a maior normalidade no câmbio foram indicadores importantes", acrescentou.


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