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TELECOMUNICAÇÕES
América Móvil aumenta recursos de suas empresas no Brasil
Tele mexicana investirá US$ 300 mi
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A empresa mexicana América Móvil, ligada ao poderoso grupo Telmex (Telefonos de México), decidiu apostar no crescimento da economia brasileira. Enquanto
as agências internacionais de risco reduzem a classificação do Brasil, o grupo anuncia investimento de US$ 300 milhões para melhorar a situação financeira das quatro empresas de telefonia celular que possui no país.
""O Brasil é um país responsável do ponto de vista da política fiscal
e o sistema de câmbio flutuante funciona muito bem. Sabemos
que a eleição provoca volatilidade, mas passa. Estamos acostumados a estas coisas", afirmou
Carlos García Moreno, vice-presidente financeiro da companhia.
Entre os principais acionistas da
América Móvil está o empresário
Carlos Slim, do grupo Carso, considerado o homem mais rico da
América Latina. A perspectiva de
vitória de um candidato de oposição, segundo Moreno, não interferiu na decisão da empresa de
aumentar seus negócios no país.
Ele disse que as empresas mexicanas estão acostumadas a situações semelhantes à que o Brasil
atravessa e que os candidatos, independentemente da coloração
dos partidos, não poderão fugir a
compromissos que são fruto de
consenso social, como a necessidade de estabilização econômica.
A América Móvil é acionista
controladora da holding Telecom
Américas, que, por sua vez, comanda quatro empresas de telefonia celular no Brasil: ATL (Rio
de Janeiro e Espírito Santo), Tess
(interior de São Paulo), Americel
(Centro-Oeste e parte da região
Norte) e Telet (Rio Grande do
Sul). Essas empresas, somadas,
têm 4,7 milhões de assinantes.
Na última segunda-feira, a
América Móvil comprou a parte
da Bell Canadá na Telecom Américas. Segundo Carlos Moreno, o
investimento total feito pelo grupo nas quatro celulares (incluindo o pagamento de parte das licenças) é de US$ 3,9 bilhões. Há
mais investimentos previstos de
US$ 880 milhões até 2005.
Carlos Moreno veio ao Brasil
anunciar o plano de capitalização
das quatro celulares. A primeira,
já colocada em prática, é o pagamento da dívida de curto prazo
das teles, equivalente a US$ 300
milhões. Metade deste valor foi
quitado esta semana e o restante
será liquidado até o final do mês.
Só essa medida, diz ele, representará uma economia de US$ 100
milhões por ano, que passarão a ser aplicados em investimentos.
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