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São Paulo, sábado, 07 de junho de 2003

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Juro menor virá com concorrência e livre mercado, afirma texto do BC

NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao contrário do que tem afirmado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias, o Banco Central defende que a redução dos juros bancários aconteça por meio do estímulo à concorrência e ao livre mercado, e não pela interferência do Estado.
Documento elaborado pelo diretor demissionário de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, cita a reforma tributária e a aprovação da nova Lei de Falências como dois dos fatores necessários ao barateamento do crédito no país, mas enfatiza que a redução dos juros deve ser a partir do mercado.
Além de Goldfajn assinam o texto dois funcionários do BC, Katherine Hennings e Helio Mori.
O estudo, chamado "Brazil's financial system: resilience to shocks, no currency substitution, but struggling to promote growth" ("Sistema financeiro do Brasil: resistente a choques, mantendo a moeda e se esforçando para promover crescimento"), não está disponível em português, apenas em inglês.
"Evidências empíricas indicam que a liberalização do mercado financeiro -eliminação de controles sobre o crédito, menor regulamentação sobre as taxas de juros, maior participação na iniciativa privada nos bancos e livre fluxo de capital externo- promove um aumento da eficiência na alocação de recursos".
Essa maior eficiência, diz o trabalho, levaria a uma expansão do crédito e à redução nas taxas cobradas pelos bancos.

Cartilha
O BC lançou ontem uma série de cartilhas que tem por objetivo explicar, de maneira didática, os fatores que determinam as taxas em vigor no país, além de outros assuntos ligados à economia.
A série, batizada de "Programa de Educação Financeira", é composta por sete pequenos livros, com cerca de 20 páginas cada. Eles estarão disponíveis nas delegacias regionais do BC, além de poderem ser consultados pela internet (www.bcb.gov.br).
Inicialmente, foram abordados sete temas: juros e "spread" bancário, índices de preços, o Copom, indicadores fiscais, preços administrados, gestão da dívida pública e o Sistema de Pagamentos Brasileiro. Os textos foram escritos na forma de perguntas e respostas.


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