|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Juro menor virá com concorrência
e livre mercado, afirma texto do BC
NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao contrário do que tem afirmado o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva nos últimos dias, o
Banco Central defende que a redução dos juros bancários aconteça por meio do estímulo à concorrência e ao livre mercado, e
não pela interferência do Estado.
Documento elaborado pelo diretor demissionário de Política
Econômica do BC, Ilan Goldfajn,
cita a reforma tributária e a aprovação da nova Lei de Falências como dois dos fatores necessários
ao barateamento do crédito no
país, mas enfatiza que a redução
dos juros deve ser a partir do mercado.
Além de Goldfajn assinam o
texto dois funcionários do BC,
Katherine Hennings e Helio Mori.
O estudo, chamado "Brazil's financial system: resilience to
shocks, no currency substitution,
but struggling to promote
growth" ("Sistema financeiro do
Brasil: resistente a choques, mantendo a moeda e se esforçando
para promover crescimento"),
não está disponível em português,
apenas em inglês.
"Evidências empíricas indicam
que a liberalização do mercado financeiro -eliminação de controles sobre o crédito, menor regulamentação sobre as taxas de
juros, maior participação na iniciativa privada nos bancos e livre
fluxo de capital externo- promove um aumento da eficiência
na alocação de recursos".
Essa maior eficiência, diz o trabalho, levaria a uma expansão do
crédito e à redução nas taxas cobradas pelos bancos.
Cartilha
O BC lançou ontem uma série
de cartilhas que tem por objetivo
explicar, de maneira didática, os
fatores que determinam as taxas
em vigor no país, além de outros
assuntos ligados à economia.
A série, batizada de "Programa
de Educação Financeira", é composta por sete pequenos livros,
com cerca de 20 páginas cada.
Eles estarão disponíveis nas delegacias regionais do BC, além de
poderem ser consultados pela internet (www.bcb.gov.br).
Inicialmente, foram abordados
sete temas: juros e "spread" bancário, índices de preços, o Copom,
indicadores fiscais, preços administrados, gestão da dívida pública e o Sistema de Pagamentos
Brasileiro. Os textos foram escritos na forma de perguntas e respostas.
Texto Anterior: Inflação: Sistema de meta "precisa" do FMI, diz Armínio Próximo Texto: Telefonia: Última versão de decreto não deixa claro se a indexação vai ser extinta Índice
|