FELIPE MAIA
DA FOLHA ONLINE

Ancorado principalmente em compras para uso pessoal, o Brasil vendeu 2,82 milhões de PCs no primeiro trimestre deste ano, o equivalente a cerca de 21,5 unidades por minuto, segundo dados da consultoria IDC adiantados à Folha Online. O resultado representa uma alta de 18,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 2,378 milhões de computadores. A expectativa é que o Brasil feche 2008 com 13 milhões de máquinas vendidas, o que faria do país o quarto maior mercado de PCs do mundo, ultrapassando o Reino Unido.
Os resultados de 2007 colocaram o Brasil na quinta posição, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido.
O IDC considera o dado relativo aos primeiros três meses deste ano "bastante positivo". "O resultado é muito bom, na comparação com um período com as mesmas características. O primeiro trimestre geralmente é mais fraco, com exceção do ano passado, e tem uma participação muito pequena no resultado do ano", afirma Reinaldo Sakis, analista sênior de mercado do IDC.
Analistas afirmam que é o segmento residencial o responsável por essas elevações, com as famílias das classes C e D comprando o primeiro computador, a preços menores que R$ 2.000, e a B adquirindo uma segunda máquina
Isso se tornou possível em razão da desoneração fiscal dada ao mercado, da queda do dólar e do aumento do crédito e dos prazos de pagamento. "Como a população olha preço da parcela e não valor total, esse é um grande chamariz da venda", aponta o analista do IDC.
E o potencial de crescimento deve se manter alto, caso as condições da economia brasileira não se alterem. Isso porque o número de casas com PCs no Brasil ainda é baixo. De acordo com dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2006, do IBGE, apenas 22,1% dos lares brasileiros tinham um computador.


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